Canções de Amigo: redes de sociabilidade na correspondência de Liddy Chiaffarelli Mignone para Mário de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rocha, Inês de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10464
Resumo: A correspondência escrita por Liddy Chiaffarelli Mignone para Mário de Andrade, no período de 1937 a 1945, constitui objeto e fonte privilegiada nesta tese. Na análise das cartas, a investigação esteve centrada em redes de sociabilidade nas quais a remetente estava inserida e desenvolvia suas práticas educativas, avaliando como ela se apropriou de algumas ideias divulgadas e cultivadas em seu convívio social. Pode-se assim, a partir dessa documentação, pensar sobre a vida pessoal e profissional da educadora musical uma vez que a correspondência, inédita, ofereceu dados que outras fontes não ofereciam. Para analisar a correspondência, aproximei-me de fundamentos e de metodologia utilizada por pesquisadores vinculados à História da Cultura Escrita, visando a estudar elementos de suas cartas, atenta aos limites e possibilidades que a escrita epistolar oferece para estudos em História da Educação. Assim, pude lançar novos olhares sobre diferentes temáticas, mais especificamente sobre História da Educação Musical, compreendendo melhor algumas questões relacionadas à amizade entre Liddy e Mário, às ideias que circularam entre o grupo de amigos que gravitavam em torno dos correspondentes e à profissionalização de uma mulher. Nas cartas trocadas, há evidências de algumas redes de sociabilidade sobre as quais destaco alguns aspectos neste trabalho. Refletir sobre os grupos citados nas mensagens escritas possibilitou pensar as relações sociais que Liddy Chiaffarelli Mignone estabeleceu em São Paulo, no Rio de Janeiro, nas viagens que realizou ao exterior, ou mesmo quando do exercício de atividades no campo da Educação Musical, assim como observar significados dessa escrita epistolar para sua vida pessoal e profissional. Problematizar essa prática de escrita demonstrou como, na troca epistolar, a amizade com o destinatário foi se consolidando e qual a imagem que a remetente projetava de si na escrita. O intercâmbio epistolar representou não apenas uma comunicação escrita, mas um espaço para troca de ideias, criação, fortalecimento de vínculos profissionais e afetivos. A análise possibilitou ampliar o conhecimento sobre a prática profissional de Liddy Chiaffarelli Mignone, permitindo analisar suas atividades como cantora, professora de canto e piano, tradutora-intérprete, pesquisadora e sobre um período da Educação Musical no qual, apesar de nomes masculinos virem sendo ressaltados pela historiografia, destacou-se o trabalho de uma mulher que ora apresento