Educação inclusiva é para todos? a (falta de) formação docente para altas habilidades/superdotação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Reis, Haydéa Maria Marino de Sant'anna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10348
Resumo: Este estudo buscou analisar aspectos na formação docente para a Educação Especial - Altas Habilidades/Superdotação que compõem competências necessárias e desejáveis para atender ao universo da Educação Inclusiva. A pesquisa se caracterizou como um estudo de caso onde foram examinados procedimentos acadêmicos/pedagógicos concernentes à formação de profissionais em nível de Pós-Graduação Lato Sensu, ocorrido no período de 1999 a 2002, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Por ser um estudo de caso, não seria pertinente generalizações; entretanto, a investigação realizada favorece um olhar crítico sobre a realização do curso, suscitando o caráter relevante que justifica sua validação e de futuras iniciativas de mesma natureza. A Tese indica a necessidade premente da criação de cursos de habilitação profissional, que devem existir de forma contínua e adequada, em nível de pós-graduação, como garantia para impulsionar a formação de professores em nível de Graduação e/ou Ensino Médio, ampliando, como conseqüência, a hoje desprovida oferta de atendimento aos alunos com Altas Habilidades/Superdotação no país. Este estudo apresenta, ainda, características de pesquisa exploratória, em decorrência da carência de estudos relacionados aos cursos de formação para esta área de atuação no Brasil. Por isso, fez-se indispensável uma investigação que buscasse, através de questionários mistos, tornar conhecida esta realidade emergente nos discursos dos professores e alunos, considerados como sujeitos nesta pesquisa. Inicialmente foi realizada revisão bibliográfica acerca do conceito de Altas Habilidades/Superdotação encontrado na literatura especializada, bem como dos conceitos de Talento, Precocidade e Genialidade; dos processos de Sondagem, Identificação, Programas de Enriquecimento, e as possibilidades/alternativas de atendimento no modelo brasileiro: Classes Comuns, Salas de Recursos, Atendimento Itinerante, Aceleração/Avanço e Acompanhamento Psicológico. Procurou-se também, através da literatura especializada, identificar os conceitos de competência e aprendizagem, estabelecendo estreita relação teórico-metodológica, com base em análise de documentos legais, diretrizes e programas de capacitação, que formam o substrato para a proposta de inclusão social no contexto educacional brasileiro. Concomitantemente à investigação principal, foram pesquisadas informações a respeito dos cursos em nível de pós-graduação oferecidos sobre o tema no Brasil, bem como sobre o atendimento desse segmento nos Estados, Distrito Federal e Capitais no país, tanto através de pesquisa em meios eletrônicos na grande rede, quanto por contato direto, visando estabelecer um paralelo quanto ao campo profissional, através da existência de políticas públicas para as Altas Habilidades/Superdotação. As conclusões destacaram a existência precária de ações efetivas, seja em âmbito governamental, seja por universidades e escolas. As poucas iniciativas identificadas não estabelecem relação entre si e permanecem isoladas, o que retarda a conquista de melhores condições de trabalho docente, permitindo a continuidade de práticas anteriores, uma vez que consolidam um vaivém de posturas, e, assim, pouco se avança em direção à oferta do atendimento adequado, e necessário, ao aluno com Altas Habilidades/Superdotação.