Avaliação de metodologias para análise de DNA de amostras de restos mortais e construção de banco de dados de DNA mitocondrial da população do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Márcia Teixeira Desidério da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8822
Resumo: A análise do mtDNA vem sendo empregada, recentemente, em Ciência Forense, para identificação de indivíduos e resolução de casos criminais. Também vem sendo utilizada em estudos de genética de populações contribuindo com processos relacionados com o grau de miscigenação dos povos e com a ocupação dos diferentes continentes por populações humanas. O DNA mitocondrial está presente em inúmeras cópias por célula, é de origem materna e não sofre processos de recombinação, o que faz com que essa molécula seja uma poderosa ferramenta nesta área. A análise por mtDNA só é recomendada quando não existe mais fonte de DNA nuclear, ou quando este se encontra altamente degradado, como em amostras forenses. Um dos problemas encontrados é a interferência de artefatos durante as etapas pré e pós sequenciamento, na qual pode se obter uma seqüência de má qualidade. O presente estudo comparou e otimizou dez métodos de purificação de DNA mitocondrial, para amostras de restos mortais e in vivo, nas etapas pré e pós sequenciamento. A metodologia empregada consistiu em extrair o DNA da amostra biológica, amplificar por PCR, seqüenciar as referidas regiões do mtDNA das amostras selecionadas e analisar após eletroforese capilar. A enzima colagenase foi testada com o objetivo de avaliar sua eficiência na etapa de extração do DNA. Interligado a esta etapa, outro objetivo foi avaliar o grau de polimorfismo das regiões HVS-I e HVS-II do mtDNA em amostras da população do estado do Rio de Janeiro como forma de entender o fluxo gênico associado à formação da nossa população. Como conclusão, os melhores métodos de purificação utilizados foram o Centricon, seguido da purificação dos produtos amplificados pela resina da Amershan e dos produtos da reação de sequenciamento pela resina Sephadex. Houve baixa eficiência da enzima colagenase, indicando a presença de possíveis inibidores. Em relação ao banco de dados, foram encontrados 95 polimorfismos distintos na região HVS-I e 52 na região HVS-II. O polimorfismo mais freqüente na região HVS-I foi 16223 (74,5%), enquanto que na região HVS-II foi o 263 (60%). Foram encontrados 92 diferentes haplótipos na região HVS-I e 42 na região HVS-II. Podemos dizer que a população do Estado do Rio de Janeiro, via herança materna, é constituída, em maior parte, pelos africanos (50%), seguidos dos ameríndios (30%) com uma pequena participação dos europeus (21%), demonstrando a grande miscigenação do nosso estado.