Caracterização fenotípica, genotípica e estudo de mecanismos de virulência de Enterococcus spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Dayane de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17650
Resumo: A mastite bovina é a doença mais frequente e gera grandes custos afetando as vacas leiteiras em todo o mundo. Muitos microrganismos diferentes podem infectar a glândula mamária. Enterococos são uma das causas ambientais da mastite. Essas bactérias oportunistas fazem parte da flora intestinal fisiológica normal em humanos e animais. Não há dados suficientes do Brasil sobre a ocorrência de Enterococcus spp. em leite de vacas mastíticas ou sobre sua suscetibilidade a antimicrobianos, formação de biofilme e interação com células epiteliais mamárias bovinas. Esta investigação foi realizada para avaliar a ocorrência de enterococos em vacas com mastite subclínica e avaliar sua resistência antimicrobiana, diversidade genética, formação de biofilme e capacidade de interação com células epiteliais mamárias bovinas (MAC-T). Um total de 11 amostras foi identificado através de testes genotípicos e fenotípicos. Os dados mostraram que Enterococcus faecalis (ddl - E. faecalis) foi a espécie predominante (73%), seguida por E. mundtii (sodA - E. mundtii; 27%). Testes de susceptibilidade antimicrobiana mostraram que o maior nível de resistência foi observado com tetraciclina (82%), eritromicina (72%) e quinupristina-dalfopristina (63%). A presença dos genes vanA, vanB e vanC1/2 não foi detectada. A formação de biofilme foi realizada utilizando coloração violeta de cristal em diferentes tempos (6, 24 e 48h). Os resultados demonstraram que todas as cepas foram produtoras de biofilme em microplacas. No entanto, E. mundtii apresentou menor produção de biofilme quando comparado com E. faecalis. A formação de biofilme foi maior no leite bovino do que no meio TSB após 24h de incubação. A análise PFGE detectou 3 clones. Para ensaios de interação com MAC-T, 3 cepas foram selecionadas de acordo com os diferentes pulsotipos do PFGE. Todas as cepas foram capazes de aderir e invadir o MAC-T. Estes resultados indicaram que a formação de biofilme por enterococos, especialmente no leite bovino, pode contribuir na patogênese durante a infecção intramamária, favorecendo a adesão e invasão epitelial.