Santa Fé e a dimensão pedagógica: território, governo, biopoder e memória no cinema ambiental
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9956 |
Resumo: | A cela de uma cadeia é uma das formas extremas de isolamento de um indivíduo ou grupo do restante da sociedade a qual pertence. É um espaço disciplinar em que se cumprem penalidades por um tempo pré-determinado, distante da sociedade. No entanto, famílias têm sido orientadas a morar nos pavilhões de um presídio no povoado de Santa Fé, surgido a partir de uma colônia prisional que nunca foi ativada, construída nos anos 70 do século XX, no município de União dos Palmares (AL). A partir de 1989, uma série de enchentes do Rio Mundaú afetaram a região, levando o poder público a instituir, como moradia provisória para mais de cem famílias, o presídio em questão, inclusive criando uma escola pública e um posto de saúde no local. A partir desse complexo cenário, o objetivo deste trabalho é analisar o cinema como estratégia pedagógica para a educação ambiental crítica, contextualizada ao território de Santa Fé. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de base etnográfica, por meio de registros de campo, entrevistas semiestruturadas, além de registros fotográficos e fílmicos, na comunidade, no período de julho de 2013 a novembro de 2015, tendo a Escola Maria Mariá de Castro Sarmento como nosso espaço de investigação, neste trabalho de pesquisa. Buscamos aproximar essa Escola a uma metáfora do espaço de vigilância e nos perguntamos: como o cinema pode ser uma estratégia para contribuir com os processos de educação ambiental que revelem as contradições, as potencialidades e as possibilidades de uma ação educativa que se assente na realidade de Santa Fé? Desta forma, busca-se a ampliação de diálogos acerca da territorialidade, governamentalidade e da justiça ambiental como abordagens e bases para a estruturação de ações educacionais que possibilitem a ampliação da leitura das relações dos indivíduos com este complexo cenário, no qual procuram realizar suas vidas. Por meio da análise dos registros e depoimentos, numa intervenção denominada memória portátil , foi possível considerar que: a comunidade tem percepção de sua vulnerabilidade em relação ao território, a escola não se apropria da realidade local em suas estratégias pedagógicas, e que o cinema ambiental demonstrou ser uma excelente estratégia pedagógica por revelar, a partir das falas de sujeitos locais, elementos que estruturam e embasam propostas de educação ambiental contextualizadas às realidades locais de Santa Fé. |