Projeto Replanta Guandu: análise dos resultados uma década após o plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Willy Ortiz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROF-ÁGUA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22732
Resumo: A bacia hidrográfica do Rio Guandu é de extrema importância para o abastecimento de água para os dez milhões de habitantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, além de contribuir com o fornecimento de energia elétrica do estado. O grau de degradação ambiental grave e progressivo da superfície na bacia impacta a qualidade de suas águas. Em 2007 o Comitê de Bacia do Guandu implementou o Projeto Replanta Guandu com a proposta de revitalização ambiental para fins de produção de água de forma experimental e demonstrativa em cinco dos seus quinze municípios. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os eventos propostos pelo projeto Replanta Guandu, com foco no subprograma de reflorestamento em seis áreas da bacia, a fim de identificar indicativos orientadores para novas iniciativas de revitalização de bacias na concepção de Infraestrutura Verde. Inventários florestais foram realizados em seis áreas do subprograma no ano de 2019, em Seropédica (Área 1: DCUM Exército; Área 2: Embrapa Agrobiologia) e Rio Claro (Área 3: Morro da Usina de Reciclagem; Área 4: Fazenda São Benedito; Área 5: Morro do Estado; Área 6: Morro do Alambari). As Áreas 1 (8,7 ha), 2 (8,8 ha), 3 (3,6 ha), 4 (4,6 ha), 5 (2,4 ha) e 6 (6,9 ha) tiveram o plantio realizado entre os anos de 2007 e 2008. Nos levantamentos de campo, foram alocadas de 7 a 13 unidades amostrais (UA) aleatoriamente, dependendo do tamanho de cada área. Em cada UA foram obtidas as variáveis: coordenada geográfica, número de indivíduos, cobertura de gramíneas e de copa, altura média dos indivíduos, diversidade de Shannon e equidade de Pielou. A identificação botânica foi realizada para todas as árvores mensuradas. A avaliação dos reflorestamentos foi baseada na resolução nº 143/2017, proposta pelo INEA, a partir do Diagnóstico Ecológico Rápido – DER, em que foram considerados os sete parâmetros seguintes: densidade; porcentagem de zoocoria; cobertura de copa; equidade; riqueza; altura média e infestação de gramíneas. Além disso, por meio do interpolador inverso da distância ponderada por expoente 2, os sete parâmetros obtidos, o relevo, e o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) foram mapeados em todas as áreas. Os resultados mostraram que as Áreas 2 e 4 atenderam ao conceito final do DER, com conceitos iguais a 8,0 e 8,99, respectivamente. As Áreas 1 e 6 apresentaram conceito de 8,07, entretanto, apresentaram valor crítico para equidade de Pielou e infestação de gramíneas, respectivamente. A Área 5 apresentou maiores ameaças entre as áreas avaliadas (5,64), relacionadas à mato competição, desmatamento e ocupação. A proporção de espécies zoocóricas ficou acima de 50% em todas as áreas, demonstrando a interação entre a fauna e a flora nos reflorestamentos. A diversidade, densidade, e cobertura de copa são os parâmetros mais importantes e que viabilizam a Infraestrutura Verde e a produção de água. Apesar da atuação intensa dos fatores perturbadores ao estabelecimento do reflorestamento tanto da baixada como da serra, este mostrou resiliência ao sobreviver doze anos após o plantio com média de 7,95 das seis unidades.