Political risk and the politics of risk: perceptions and interferences by the rating agencies in Brazil and Argentina
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20680 |
Resumo: | Esta pesquisa examina o comportamento das agências de rating frente a eventos políticos e econômicos de países em desenvolvimento. Parte-se do diagnóstico de que Standard & Poor’s (S&P), Moody’s Investors Service (Moody’s) e Fitch Ratings (Fitch) são atores relevantes na ordem financeira corrente, sendo capazes de interferir na dinâmica política e econômica dos países que avaliam, sobretudo países em desenvolvimento, que são mais vulneráveis à dinâmica financeira global. O argumento central é que as agências de rating atuam para influenciar o processo político e a implementação da política econômica de países em desenvolvimento por meio da emissão coordenada de ratings, relatórios e press releases. Essa influência é viabilizada pelo papel desempenhado por S&P, Moody’s e Fitch na ordem da globalização financeira, que as permite promover a agenda do mercado financeiro quando interagem com governos de países em desenvolvimento. Para tanto, as agências frequentemente recorrem a formas de ativismo político que tendem a refletir as condições de risco político que avaliam haver no país em questão. Tal argumento é sustentado teoricamente pela literatura sobre as restrições que o contexto de globalização financeira e financeirização do capitalismo impõe à autonomia de governos nacionais e por estudos do campo da Economia Política Internacional (EPI) sobre o comportamento das agências de rating. A análise se constrói sobre os estudos dos casos de Brasil e Argentina, ao longo das duas primeiras décadas do século XXI, quando ambos os países experimentam a ascensão e o declínio da “maré rosa”, bem como variações relevantes na conjuntura internacional. A pesquisa se baseia nos ratings soberanos, relatórios e press releases publicados por S&P, Moody’s e Fitch, bem como em reações dos respectivos governos de Brasil e Argentina a essas ações, documentadas em jornais, revistas e notas oficiais. O exame dessa interação, à luz do referido marco teórico e da contextualização oferecida pela literatura acadêmica, permite alcançar conclusões alinhadas ao argumento da pesquisa. Desse modo, o estudo contribui para avançar a agenda de pesquisa de EPI em torno das agências de rating, em particular, e dos impactos da globalização financeira e da financeirização do capitalismo sobre a democracia, de forma mais ampla. |