O lugar ético dos sons musicais quando significantes na clínica e na política de saúde mental infanto-juvenil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Abreu, Francisca Mariana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14655
Resumo: Esta dissertação tem como tema o recurso à música em transferência na clínica de crianças e adolescentes numa instituição de saúde mental, partindo da orientação ética e metodológica da psicanálise de Freud e Lacan. Com isso, ao contrário do conjunto da música , partimos aqui dos sons musicais, no que estes possuem a propriedade de fazer brecha ao advento do sujeito do inconsciente, podendo aceder assim ao estatuto de significantes. O fio condutor desse trabalho é a leitura e a interpretação psicanalíticas que tomam com rigor a consideração à diferença absoluta do sujeito. Essa premissa serve de base para uma abordagem ao campo da arte, situando-o por sua delimitação em relação ao campo da clínica da psicanálise, construindo neste último um lugar para a música. Igualmente abordamos a política de saúde mental, na possibilidade de que dela se faça uma leitura ética. Dessa forma, através da direção ao real, na possibilidade de bordejá-lo através da ética da psicanálise que nos aproximamos tanto da arte, quanto da política, como da clínica, por onde esses três campos fazem-se ler pelo reconhecimento à diferença do sujeito. Arte política do bem-dizer do desejo, seja falando com palavras, música ou silêncio, é sobre isso que se propõe pensar esse escrito. A partir de quatro casos clínicos de jovens autistas e/ou psicóticos refletimos então sobre a questão de como o sujeito é forçado a um trabalho de se fazer valer na adversidade, trabalho que é tarefa princeps da encarnação da função do analista, através da qual pode-se ler tanto a arte, como a política, a clínica... ou a vida, a partir da escuta do sujeito do inconsciente.