Identificação de biomarcadores pró-fibróticos em soro e líquido pleural em pacientes com derrame pleural exsudativo por tuberculose e neoplasias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araújo, Silvio Renan Pinheiro Victor de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22676
Resumo: A tuberculose pleural é a manifestação clínica extrapulmonar mais comum desta infecção e, em cerca de 20% dos casos, está associada à lesão pulmonar ativa. Anualmente mais de meio milhão de casos de derrame pleural por tuberculose ocorrem em todo o mundo. A reação inflamatória em resposta à infecção pelo Mycobacterium tuberculosis possui ação direta e indireta sobre diversos tipos celulares, com isso há a liberação de citocinas e fatores de crescimento no soro e líquido pleural, tais como o VEGF-A, PDGF-BB, TGF-β1 e GAL-3, constituindo importantes mecanismos que contribuem para o processo de fibrose. A análise de amostras biológicas constitue uma ferramenta-chave na busca de novas formas de prognóstico e acompanhamento do espessamento fibrose pleural. Considerando estas observações, o presente estudo propõe identificar biomarcadores pró-fibróticos presentes no líquido pleural e no soro de pacientes com tuberculose pleural e neoplasia. Foram coletadas e analisadas 52 amostras de líquido pleural e soro de pacientes com derrame pleural exsudativo recrutados no Ambulatório de Doenças Pleurais do Serviço de Pneumologia e Tisiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), de pacientes com diagnóstico de tuberculose pleural (grupo TB, n=33) e neoplasia (grupo NTB, n=19). Os biomarcadores estudados (VEGF-A, PDGF-BB, TGF-β1 e GAL-3) foram dosados por meio de teste imunoenzimático (ELISA). Adicionalmente, foram realizadas as análises histopatológicas das biópsias de pleura, dos pacientes selecionados no estudo. A análise estatística foi executada por meio do teste não paramétrico Mann-Whitney com correção de Welch, Correlação de spearman, teste de Kruskal-Wallis para múltiplas variações e Curva ROC, foi considerado significativo o p<0,05. A média dos níveis de TGF-β1 no líquido pleural foi significativamente maior no grupo TB (107,5 ± 11,85 pg/mL) do que no NTB (44,26 ± 8,44 pg/mL) com p= 0,0078. Além disto, os níveis deste biomarcador estavam significativamente elevados no soro do grupo TB quando comparado ao grupo NTB (p<000,1). A curva ROC para TGF-β1 apresentou 81.82% de sensibilidade; 84.2% de especificidade, AUC= 0,80 (95% CI 0.6748–0.9265); likelihood ratio 5,18; Valor preditivo positivo= 90%;Valor preditivo negativo= 72% e Acurácia= 82.69. Ao se analisar os níveis de VEGF-A individualmente nos grupos TB e NTB, verificamos níveis aumentados deste biomarcador no líquido pleural quando comparado ao soro (p<0,05). A análise do grupo NTB demonstrou níveis aumentados de Gal-3 no LP (2366+653,5 pg/mL) em relação ao SP (1239+108,3 pg/mL), (p<0,0001). Ao analisar o biomarcador PDGF-BB, não houve diferença significativa nos níveis desse biomarcador no SP dos pacientes estudados (p= 0,4650). Ao comparar o ponto de corte com as análise histopatológica, verificou-se uma possível relação com o grau de fibrose, no entanto, não podemos inferir devido ao tamanho das amostras e o número de fragmentos de amostras de biópsias analisadas. Conclui-se que, o nosso estudo foi capaz de sugerir que o biomarcador TGF-β1 é um forte candidato para auxiliar no diagnóstico de pacientes com tuberculose pleural