Investigando vidas: a formação do sujeito contemporâneo no romance As três vidas, de João Tordo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Castro, Gabriel Costa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19086
Resumo: Considerando que a contemporaneidade trouxe questões muito complexas para a experiência do sujeito, portanto, também para o fazer literário, com um novo olhar para a escrita, para a literatura e para o ato de escrever, este trabalho se propõe a investigar algumas das questões que emergem desse contexto. Para isso, lança luz sobre a produção literária do autor João Tordo (1975-), tendo como base um dos seus livros mais proeminentes: As três vidas (2008), refletindo sobre alguns de seus traços e sobre a literatura no século XXI. A partir de algumas questões da modernidade contemporânea e as relações líquidas que se estabelecem, este estudo analisa, a partir desse romance, como ela trouxe para a literatura questões complexas, além de um lugar diferente para a figura do autor. Ao mesmo tempo, busca analisar como essa narrativa recompõe modelos da tradição, verificando as relações possíveis com o romance de detetive ou policial e com a História política e cultural novecentista. Assim, verifica-se como esse livro levanta questões sobre a necessidade e o papel da escrita e da ficção na formação do sujeito contemporâneo, que caminha entre a segurança e a liberdade. Ainda nesse sentido, esta dissertação investiga como as incertezas expostas pelo narrador em relação a suas próprias memórias abrem espaço para reflexões acerca de algumas questões ontológicas, motivadas ou impulsionadas por estados de melancolia e ou insatisfações com o ofício que exerce (o de escritor). Insatisfações estas que o levam a constantes tentativas de autodescoberta e de compreensão de si mesmo e de seu lugar no mundo no decorrer de suas histórias que mesclam fatos marcantes da História, o cânone da literatura ocidental e a cultura de massas em um mundo globalizado.