Atuações e desafios dos atores do Teatro da Laje: "Posso falar?"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Ane Lise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8402
Resumo: Num país extremamente desigual como o Brasil, em que opressão de classes, racismo e machismo são estruturais, é muito difícil combinar argumentos relacionados a direitos fundamentais e possibilidades de emancipação e visibilidade, tendo em vista a recusa em se buscar uma perspectiva unitária e sistemática sobre o que esses direitos podem ser. Nesse contexto, o 'Teatro da Laje' nasceu na Vila Cruzeiro, território de periferia do Rio, por iniciativa de um ator e professor de Artes Cênicas da rede municipal, em 2003, utilizando as lajes dos moradores da comunidade como palco para as dramaturgias encenadas. O objetivo deste trabalho é pensar o impacto das práticas desenvolvidas no teatro sobre a agência, as opções e práticas apresentadas pelos jovens frequentadores do Teatro da Laje em seus cotidianos; como afeta as questões de visibilidade e subalternidade dos jovens atores participantes. Para pensar a pluralidade de vozes do Teatro da Laje mediante a trajetória do grupo, que já conquistou prêmios como o 'Cultura Viva', numa conjuntura em que violências são naturalizadas e onde os silêncios não são questionados, os escritos de Gramsci sobre os grupos às margens da história e o popular na cultura permanecem como um desafio, mais atual do que nunca.