Controle de porosidade secundária em depósitos da formação Barra Velha no polo pré-sal da Bacia de Santos (idade Aptiano) com uso de afloramento análogo da formação Salitre na Bacia do Irecê (idade Neoproterozoico)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20922 |
Resumo: | Esta dissertação de Mestrado apresenta uma nova abordagem para prever o controle cicloestratigráfico na ocorrência de porosidade secundária em rochas carbonáticas de granulação fina (laminitos e lamitos) de um reservatório carbonático do Pré-sal brasileiro (idade Aptiana) controlado por uma zona de acomodação em escala de bacia no Alto Externo de Santos (AES) baseado em afloramento análogo. O objetivo é mostrar a previsibilidade de fraturas e feições de dissolução por tratos de fácies e que a ciclicidade pode ser usada para guiar o estilo e a escala de feições de porosidade secundária que se desenvolvem em sucessões sedimentares carbonáticas com variações suaves de fácies (predominância de fácies laminadas). A área de estudo do Pré-sal está situada na porção central do AES, onde o sistema regional de falhas de orientação NE que prevalece se curva para NNW e se torna difuso em várias falhas normais de baixo deslocamento. Essas falhas controlam uma série de elevações estruturais segmentadas, com algumas delas retendo quantidades significativas de óleo dentro de fácies de baixa permeabilidade. Nesse contexto, a porosidade secundária pode constituir um cenário alternativo para viabilizar a produção. O campo do Pré-sal é um horst NW, segmentado em três domínios por sistemas de rampa de revezamento de trend 290° Az e 245° Az. A evolução temporal e espacial tectono-sedimentar com base na interpretação de dados sísmicos 3D multiazimutais de alta resolução e uma seção sísmica regional através da porção central da Bacia de Santos (margem SE brasileira) permitiu abordar os seguintes pontos: (i) a geometria e cinemática das estruturas desenvolvidas na zona de transferência e (ii) evolução deposicional das fases sin-rifte e pós-rifte que controlaram as principais seqüências estratigráficas observadas em poços e extrapoladas ao longo das seções com a interpretação sísmica. É interpretado o crescimento de falhas em multi-estágios ao longo do trend estrutural NW como um mecanismo para a distribuição de sedimentos lacustres, promovendo o soerguimento localizado do footwall de falhas normais segmentadas. Informações de afloramentos análogo da Formação Salitre (idade Neoproterozoico), localizados na Bacia do Irecê, foram usados para suprir a ausência de dados na previsão de porosidade secundária. Apesar das diferenças em termos de ambiente deposicional (marinho/continental) e grau de recristalização (diagênese), os depósitos da formação Salitre podem ajudar a prever feições de porosidade secundária no campo do Pré-Sal. A escala de ciclos de média frequência é a mesma utilizada nos modelos geológicos do reservatório do pré-sal, em torno de ~5 (m). Portanto, a compatibilidade vertical em escala cíclica permite transportar o modelo de controle de porosidade secundária estabelecido nos afloramentos da Bacia de Irecê para a parametrização do Pré-sal. |