Razão neoliberal, desdemocratização e produção de subjetividades

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Rosa, Rafael Rocha da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Filosofia
• Palavras-chave em Português: Philosophy; Neoliberalism; Subjectivity; Filosofia; Neoliberalismo; Subjetividade; CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17707

O tema desta tese é neoliberalismo e subjetividade. Nosso objetivo geral é, a partir de uma perspectiva foucaultiana, analisar seu modo de funcionamento, suas estratégias e seus efeitos sobre a população e os indivíduos. Nosso objetivo específico é investigar a forma como instituições, comportamentos, modos de viver e visões de mundo são modulados a partir do mercado, princípio orientador do neoliberalismo. Este, em nossa hipótese, produz um sistema de governo que emprega técnicas do poder pastoral na condução das condutas, elabora uma ética empreendedora, com preceitos mercadológicos, que pretende sincronizar todas as esferas da vida a seus discursos e suas práticas e se tornar um princípio de realidade, definindo o valor de verdade a partir da economia. Ademais, ao ordenar o mundo através forças econômicas como a concorrência e os riscos do mercado, o neoliberalismo exige uma conduta específica, uma subjetividade afinada a seus interesses. Desse modo, a dívida é considerada uma técnica de governo nos processos de subjetivação. O que justifica esta pesquisa é a urgência em compreender, transformar e reverter os efeitos deletérios que o neoliberalismo produz, como a dissolução das democracias. O crescimento mundial de grupos extremistas, de discursos do ódio, de intolerância, racismo, xenofobia e misoginia expressam a dimensão da problemática que se instaurou nas sociedades contemporâneas. Seu entendimento é vital para sua superação. A produção de bens comuns, de laços de solidariedade, coletividade, igualdade e liberdade são valores essenciais para reordenar novas razões de mundo.