Avaliação de comprometimento cognitivo leve em pacientes submetidos à hemodiálise
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8637 |
Resumo: | A pesquisa abordou a ocorrência de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) em pacientes em hemodiálise (HD). CCL é definida como um estágio intermediário de decréscimo das funções cognitivas situada entre aquelas, mais leves, relacionadas ao envelhecimento e à uma condição mais grave, que preenche os critérios para demência ou doença de Alzheimer. O CCL implica em déficits permanentes cuja prevalência em pacientes em HD pode variar entre 16 e 38%. As funções cognitivas comprometidas identificadas abrangem um largo espectro de habilidades fundamentais nas atividades de vida diária, tais como baixa concentração, aprendizado mais pobre, comprometimento das memórias semântica, episódica e de trabalho. Além disso, o CCL está associado ao aumento da utilização dos recursos de saúde, mortalidade e hospitalização. Com base nestas premissas, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de CCL e a associação entre o CCL e as variáveis socioeconômicas, clínicas, educacionais, e demográficas dos pacientes em hemodiálise. Um grupo de pacientes em HD (n=42) e um grupo controle (n=43) foram submetidos à uma bateria de testes composta de: Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA), Subtestes do WAIS III (Vocabulário, Códigos, Aritmética, Raciocínio Matricial e Sequência de Números e Letras), e Inventário de Depressão Beck (BDI). Os resultados são apresentados como média±desvio padrão ou percentagens e as diferenças de desempenho nos testes, entre os grupos, foi avaliada por testes estatísticos apropriados. O tempo de hemodiálise foi de 61,66±44,5 meses. A média de idade foi semelhante entre os dois grupos (HD=37,92±12,46 anos; Controles=35,6±13 anos; p>0,05). A média de pontuação na MoCA do grupo em HD foi inferior à do grupo controle (21,00±3,32; 23,65±3,03; p=0,0002), sendo que 76,19% dos casos pontuaram abaixo do número de corte (24) contra 44,19% dos controles (p=0,003). Além disso, os casos tiveram pior desempenho em todos os subtestes comparados aos controles, sendo estatisticamente significativo em três deles: Vocabulário (7,57±2,13; 8±1,54; p=0,2906); Códigos (7,47±1,77; 8,51±1,84; p=0,0099); Aritmética (7,45±1,68; 8,55±2,31; p=0,0034); Raciocínio Matricial (8,5±2,17; 9,06±1,48; p=0,5706), Sequência de Números e Letras (7,95±1,88; 8,83±2,58; p=0,0040). No teste BDI, que avalia a depressão, não houve diferença estatística entre os grupos. Os resultados obtidos neste estudo, em consonância com aqueles relatados por outras pesquisas, revelam que os pacientes em hemodiálise são um grupo de risco para desenvolver CCL. Sugere-se que cuidados adicionais, com o objetivo de minimizar os riscos ou efeitos do CCL, devem ser incluídas no rol de estratégias correntes, oferecidas por equipes multidisciplinares, aos pacientes em hemodiálise. |