Família em vulnerabilidade social: uma produção de demanda
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14856 |
Resumo: | A naturalização da função da família contribuiu para pô-la no centro dos discursos não só dos especialistas, mas de toda a sociedade. Na medida em que muitas famílias não se adéquam ao modelo de família ideal e privada , estigmas e estereótipos legitimados por atributos de valores morais as desqualificam. Essa desqualificação é um dos mecanismos utilizados a fim de justificar a intervenção dos profissionais da assistência social na relação interna da mesma. É o que ocorre com a família considerada em vulnerabilidade social cujas práticas sociais conferem um caráter de incompetência e culpa pelo não cuidado para com seus membros, desqualificando seus saberes, justificando, assim, a necessidade de controle e ingerência. Compreender que a família em vulnerabilidade social é uma produção de subjetividade, uma demanda produzida no contexto neoliberal pautada nas políticas de mercado que fundamentam as políticas de inclusão se faz necessário. Sendo esta uma produção é preciso ter claro que as famílias ao mesmo tempo em que são produzidas, produzem demandas. Ou seja, a família em vulnerabilidade social , em risco , de que trata a Política Nacional de Assistência Social, é uma forma de subjetivação, uma demanda que produz tutela presente nas políticas que são desenhadas para ela e nela, nas relações que a constituem como sujeito. Ter como método a pesquisa-intervenção foi o que possibilitou problematizar, repensar e analisar, a produção dessas demandas que fundamentam a política pública da assistência social e que emergem dizendo-se em prol das famílias pobres, ou melhor, como se convencionou chamar, em vulnerabilidade social . Assim sendo, busquei, por meio da pesquisa, compreender o como e os efeitos das relações entre a assistência social e as famílias assistidas pobres e definidas como em vulnerabilidade social . Que família é essa? Como se deu sua construção/produção? A partir de que mecanismos a família pobre e vulnerável passou a ser objeto de controle e interferência? Que controle é esse que opera pela virtualidade dos corpos? Para trabalhar com essas questões surgidas no decorrer desta pesquisa baseei-me nas práticas do meu campo de atuação e em autores como Ariès, Foucault, Donzelot, Lourau, Guatarri entre outros que contribuíram para pensar a família chamada em vulnerabilidade não como um modelo a ser combatido por meio das políticas públicas, mas sim como uma produção de demanda, como uma produção de subjetividade. |