Avaliação do uso de treinamento de força e/ou do tratamento com estradiol sobre parâmetros ósseos, metabólicos e a adiposidade de ratas adultas ovariectomizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carlos, Aluana Santana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16121
Resumo: Com o aumento da expectativa de vida, o impacto negativo da deficiência estrogênica tornou-se mais significativo para as mulheres. Tanto o treinamento força quanto à terapia de reposição hormonal se mostraram capazes de atenuar diversos sintomas deletérios da menopausa. O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos do treinamento força e/ou do tratamento hormonal sobre a estrutura óssea, o metabolismo e a adiposidade de ratas adultas ovariectomizadas. Na primeira etapa (protocolo 1) foi estabelecida a forma de tratamento hormonal. Para tal, 32 fêmeas Wistar foram ovariectomizadas aos 90 dias de vida e divididas em quatro grupos experimentais (n=8/cada): Sham (controle), OVX (ovariectomizada), BED (ovariectomizadas, tratadas com estradiol 0,7μg/100g diariamente) e BEC (ovariectomizadas, tratadas com estradiol de 1.5μg/100g, ciclicamente). O tratamento teve início aos 120 dias de vida, com duração de 21 dias. O tratamento diário induziu efeitos negativos com a diminuição da ingestão alimentar e o aumento da massa do útero. O tratamento hormonal sobre os parâmetros ósseos avaliados indicam que tanto o tratamento diário como o cíclico promovem na ovariectomia equilíbrios entre os processos de reabsorção e formação óssea, porém o tratamento diário proporcionou uma influência negativa sobre a massa do útero e a morfologia do tecido adiposo subcutâneo. Por esse motivo o tratamento cíclico foi escolhido por induzir modificações positivas sobre os tecidos avaliados. Na segunda etapa do estudo (protocolo 2),foram avaliadas 40 fêmeas Wistar divididas, aos 120 dias de vidas, em cinco grupos experimentais (n=8/cada):Sham (controle), OVX (ovariectomizadas),ovariectomizadas tratadas com benzoato de estradiol (BE), ovariectomizadas treinadas (EX) e ovariectomizadas tratadas com benzoato de estradiol e treinadas (BE+EX), sendo o período experimental de 6 semanas. O treinamento de força e/ ou a reposição cíclica proporcionou para a estrutura óssea melhora da microarquitetura com aumento da expressão de ERα, aumento das dimensões ósseas, densidade mineral óssea do fêmur. No tecido adiposo também foi observado à diminuição da massa e área dos adipócitos, no conteúdo de gordura corporal total e do tronco, aumento da expressão de PPAR-γ e melhoras sobre os perfis glicêmicos e hormonais. O treinamento força mostrou-se capaz de induzir de forma benéfica algumas alterações fisiopatológicas relacionadas à menopausa, promovendo mudanças importantes sobre a adiposidade e a estrutura óssea. Além disso, esta modalidade de treinamento associada ao tratamento hormonal também foi capaz de promover maiores mudanças nos parâmetros ósseos e de adiposidade. Com isso, houve melhoras na expressão de PPAR-γ, no conteúdo de glicogênio hepático, nos depósitos de gordura, no perfil bioquímico e na expressão de ERα no tecido ósseo. Com base em nossos achados, concluímos que o treinamento força deve ser considerado uma ferramenta de valor contra os efeitos deletérios induzidos pela deficiência estrogênica.