Estudo dos efeitos da hipertensão arterial nas alterações morfológicas da valva atrioventricular esquerda (mitral) de ratos hipertensos induzidas por L-NAME
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7809 |
Resumo: | As valvas cardíacas têm como função manter o fluxo unidirecional do sangue e para isso conta com uma arquitetura anisotrópica da matriz extracelular que assegura e sustenta uma adequada função sob condições de alta e baixa pressão. A valvopatia é uma desordem que pode acometer qualquer uma das valvas cardíacas por qualquer modificação em sua estrutura que impossibilita o seu adequado funcionamento. Estudos demonstram que o stress mecânico ocasionado pelo fluxo sanguíneo pode interferir na estrutura organizacional das células e matriz extracelular da valva. O presente estudo teve como objetivo investigar as possíveis alterações estruturais e ultraestruturais que a hipertensão arterial, induzida por L-NAME, pode ocasionar na valva atrioventricular esquerda (mitral) de corações de ratos. Os animais receberam L-NAME (40mg/kg/dia), previamente diluído na água de beber, durante um período de cinco semanas. Ao final da quinta semana foi realizada a eutanásia dos animais e fragmentos da válvula parietal foram coletados e processados para microscopia de luz e eletrônica. Foram analisadas as estruturas morfológicas das válvulas tanto para microscopia óptica (histoquímica) quanto microscopia eletrônica (histoquímica ultraestrutural e imunohistoquímica ultraestrutural), assim como, a espessura da válvula e a quantificação (%/area) das fibras elásticas e colágenas através do programa ImagePro-Plus 4.5. Os animais tratados com L-NAME desenvolveram hipertensão a partir da segunda semana de administração do fármaco. Estruturalmente foi possível identificar uma desorganização das fibras elásticas e colágenas com regiões de fragmentação. Os animais hipertensos apresentaram regiões da válvula mais espessas do que o controle, além de uma menor porcentagem de fibras colágenas. Ultraestruturalmente, identificamos modificações do endotélio nos animais tratados com L-NAME, que se apresentou com contorno irregular e com acúmulos de vesículas no seu interior. Além disso, foi observada também fragmentação da lâmina basal, desorientação das fibras colágenas, acúmulo de fibras oxitalânicas próximo ao endotélio e fragmentação das fibras elástica da região atrial. O presente trabalho concluiu que o aumento da pressão sanguínea, caracterizada pela hipertensão, ocasiona modificações na estrutura morfológica da válvula, que pode estar associado de forma sinérgica com a inibição da síntese óxido do nítrico, podendo assim, prejudicar o seu perfeito funcionamento. |