O Instituto do Ceará e a identidade regional a partir do movimento abolicionista cearense (1884-1956)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freire, Camila de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13613
Resumo: Objetivamos neste trabalho entender como o movimento abolicionista cearense, que culminou na libertação de todos os escravos da província do Ceará em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea, foi utilizado posteriormente pelo Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará na formação da identidade regional. Uma identidade baseada principalmente em elementos como o pioneirismo no movimento abolicionista e um suposto caráter especial do povo cearense, fortalecido pelas lutas do meio a partir das secas; principalmente a seca de 1877, que teria influenciado diretamente o movimento abolicionista. Para tanto, utilizamos como fonte a Revista do Instituto do Ceará e o jornal Libertador, Órgão da Sociedade Cearense Libertadora, principal sociedade abolicionista do Ceará. Utilizamos ainda como fonte o livro A Abolição no Ceará, de Raimundo Girão, editado pela primeira vez em 1956, por entendermos que constitui o coroamento do trabalho empreendido pelo Instituto do Ceará, ainda mais por ser Raimundo Girão um de seus membros. Buscamos perceber na Revista do Instituto como o movimento abolicionista foi transmitido para a posteridade, buscando a formação da identidade regional. Nesse sentido, analisamos sua atuação como instituição congênere ao IHGB, a partir da relação entre centro e periferia e do conceito de alteridade. Buscamos ainda estes elementos constituintes da identidade regional cearense no Libertador, já no momento em que o movimento abolicionista se desenrolava, e também no livro de Raimundo Girão, que consolida esses elementos. Assim, buscamos entender ainda o contexto de formação dos institutos históricos, sua finalidade e suas adaptações ao longo do tempo, principalmentena passagem da monarquia para a república e nas primeiras décadas republicanas.