Tempo de recidiva e sobrevida segundo características tumorais em pacientes com câncer de cavidade oral assistidos em hospital público federal especializado no tratamento de câncer no Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Julia Honorato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4793
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar a recidiva, a sobrevida e fatores prognósticos em pacientes com câncer de cavidade oral (CCO), diagnosticados e atendidos no Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), no período de 1999 a 2009. A tese é apresentada em dois artigos que abordam: (i) sobrevida global e fatores prognósticos clínicos em pacientes com CCO (ii) sobrevida específica e livre de doença segundo características histopatológicas em casos de CCO que apresentaram recidiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA. Como fontes de dados foram consultados os registros do Departamento de Anatomia Patológica, Registro Hospitalar de Câncer e prontuários de pacientes. Foram elegíveis 3838 casos de CCO do tipo escamoso. Foram incluídos 996 pacientes livres de tratamento prévio e sem histórico de câncer. Para estimar a sobrevida global,específica e o tempo livre de doença foi empregado o método de Kaplan- Meier. Para analisar os fatores prognósticos, Hazard Ratios (HR) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%), utilizou-se modelo de riscos proporcionais de Cox.. No estudo 1, entre os homens, o comprometimento de linfonodos ao exame clínico associou-se a um pior prognóstico (HR:1,30; IC 95%: 1,04;1,62). Em relação a variável tratamento , a radioterapia exclusiva mostrou pior prognóstico para ambos os sexos, comparando com tratamento cirúrgico exclusivo. Entre homens a HR foi de 2,07 (IC 95%: 1,54; 2,78) e entre mulheres a HR foi de 1,96 (IC 95%: 1,02;3,75). No estudo 2, foram incluídos 93 pacientes que apresentaram recidiva comprovada histopatologicamente após terem sido submetidos a tratamento cirúrgico (exclusivo ou associado a radioterapia) com intenção curativa. Nas recidivas, os pacientes classificados como recorrência apresentaram menor tempo livre de doença (mediana 15 meses) quando comparados aos pacientes com segundo tumor primário (mediana 50 meses). Estes achados sugerem que o diagnóstico da doença em fases iniciais ainda é a melhor forma de minimizar óbitos pelo CCO.