A cidade para quem? Empreendedorismo e resistência nos jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro: o caso da Marina da Glória
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13386 |
Resumo: | A crise do capitalismo, instaurada a partir da década de 1970 com a consolidação da ideologia neoliberal e das idéias de globalização, e a atuação de consultores internacionais, constituem elementos importantes para o entendimento dos processos de difusão e legitimação do novo paradigma que passa a reorientar as políticas urbanas. Aos governos locais, ficou a incumbência de promover o desenvolvimento econômico e estes passaram a disputar o mercado com outras cidades, utilizando estratégias de marketing para atrair os investidores. Esta nova forma de gestão chamada de empreendedorismo urbano é divulgada pelo planejamento estratégico em que a cidade não é pensada como um todo, mas pontualmente e promovida por eventos. No Rio de Janeiro esse modelo será evidenciado nos anos 90 com a adoção do planejamento estratégico pelo governo municipal, sendo a cidade lançada em 2001 para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007. O discurso que passa a predominar é o de a cidade realizar a qualquer custo mudanças na sua organização interna para que seja aceita no mercado de cidades e assim receber investimentos externos. Assim temos a Marina da Glória que é pública e foi inserida num palco de disputas entre os que querem privatizá-la e os que a defendem como um espaço de acesso a todos. Através do objetivo central desse trabalho em analisar o modelo empreendedorista de gestão urbana implementado na cidade do Rio de Janeiro e materializado pelo planejamento estratégico, pretende-se a partir do caso em estudo, a Marina da Glória, demonstrar como o discurso governamental utiliza a importância de um megaevento para projeção e desenvolvimento da cidade, na realidade, representa um jogo de interesses empresariais que amplia cada vez mais a fragmentação da cidade. |