Resposta tecidual à corticotomia alveolar seletiva após verticalização ortodôntica acelerada de molares inferiores em pacientes adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Medeiros, Raquel Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14049
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar e descrever histologicamente, o processo de remodelação óssea no momento da cirurgia e 90 dias após, em regiões submetidas ou não à corticotomia alveolar seletiva. Foram avaliados 8 pacientes adultos sem distinção de classe de maloclusão, e com necessidade de verticalização dos segundos molares inferiores bilateralmente. Neste estudo aleatório boca-dividida, a verticalização dos molares inferiores e coleta de osso mandibular aconteceu bilateralmente, enquanto que a corticotomia unilateralmente. As extrações dos blocos ósseos foram obtidas através de uma broca trefina acoplada ao contra ângulo, as peças continham aproximadamente 6 mm de osso cortical e trabecular, e foram armazenadas em formol tamponado a 10% até a data de envio ao laboratório do Instituto Forsyth (Boston, EUA). Após 90 dias da cirurgia, novas biopsias ósseas foram extraídas do segmento mandibular teste e controle. As avaliações histológicas foram realizadas no grupo teste e controle em dois momentos distintos: no momento da corticotomia (T0), e 90 dias após (T90). Os blocos ósseos foram corados com hematoxilina e eosina (HE) para análise descritiva das peças. A coloração com tricrômico de Masson (TM) foi utilizada com o intuito de identificar neoformação óssea e colágeno no tecido conjuntivo mineralizado e não mineralizado. Para descrição da remodelação óssea foram analisadas as seguintes características celulares: proporção entre os componentes de osso secundário e primário, quantificação do número de osteócitos, proporção entre os componentes inorgânicos e orgânicos do osso, e quantificação do número de linhas reversas. Os resultados foram comparados por meio do modelo de estimativa de equações generalizadas (GEE) clusterizado, ajustando pelas medidas basais. O grupo teste em T90 apresentou aumento de 0,16% na proporção de osso primário (p<0,001), aumento de 6,54 na quantidade de osteócitos (p=0,039), e aumento de 4,06 na quantidade de linhas reversas de remodelação óssea (p=0,924). Ambos os grupos apresentaram queda na proporção inorgânica, com um diminuição de 0,02% e 0,03% nos grupos teste e controle, respectivamente (p=0,105). Os dados sugerem que o processo de reabsorção óssea alveolar desencadeado pela corticotomia seja parcialmente revertido em 90 dias, pois foi possível observar características de formação e deposição óssea. O dano ósseo intencional realizado em pacientes adultos tratados ortodônticamente, pode ser considerado temporário e reversível, e as condições ósseas iniciais são restabelecidas.