Fontes e faces da desinformação: os casos de Brasil e França (2017-2019)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18099 |
Resumo: | Esta dissertação se concentra na análise do fenômeno desinformacional e compara a disseminação de teorias conspiratórias na França e a difusão de fake news no Brasil entre os anos de 2017 e 2019. Busca-se demonstrar as características que tornam as redes sociais vetoras privilegiadas para a difusão dessa espécie de conteúdo, bem como a influência do conjunto do clima cultural e intelectual do mundo na popularidade dessa modalidade informativa. Optou-se pela metodologia mixed methods, que permitiu que as abordagens quantitativa e qualitativa, necessárias para a cristalização do argumento, se conformassem. O argumento em questão sustenta que uma dada base técnico-operacional (onde impera a incipiência da moderação de conteúdo) somada a uma tendência imaterial-subjetiva (em que é predominante a rejeição do conhecimento com pretensões objetivistas) contribuem para a existência de episódios desinformacionais. Explicita-se de que modo as estruturas de mídia historicamente estabelecidas de Brasil e França se veem constrangidas pela ascensão de uma espécie de autoridade emergente no campo informacional, tendo-se como recurso a metodologia para a comparação de modelos midiáticos, desenvolvida por Daniel Hallin e Paolo Mancini. Formada por indivíduos que veiculam conteúdo no ecossistema das redes sociais, essa nova massa de comunicadores contesta a magnitude e natureza da intervenção estatal no campo da comunicação, bem como critica o paralelismo político dos veículos da mídia tradicional, entre outros. A partir da comparação dos casos de França e Brasil, conclui-se que a existência de uma rede de baixa moderação de conteúdo, somada a uma tendência de descredibilização da narrativa de caráter objetivo, favorecem a formação de uma ampla rede de contestação aos procedimentos, credibilidade e relevância da mídia tradicional — o que não raro transmuta-se na disseminação de conteúdo falso, impreciso, conspiratório, contraditório, exagerado ou insustentável. |