O excesso de óbitos maternos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lins, Maria Gusmão Estellita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22952
Resumo: A mortalidade materna é um dos indicadores de saúde mais sensíveis às condições sociais das mulheres, especialmente em crises humanitárias como a pandemia de COVID-19. Assim, este trabalho teve como objetivo principal estimar o excesso de mortalidade materna no Brasil e em suas Unidades Federativas para os anos compreendidos entre 2020 e 2022. Durante os anos de 2020 e 2021, houve um aumento significativo na mortalidade materna em todo o Brasil, especialmente no ano de 2021, enquanto em 2022, último ano pandêmico, observou-se o retorno da razão de mortalidade materna para níveis esperados na grande maioria das UFs. Esse aumento alarmante foi impulsionado por vários fatores, incluindo a redução do número de consultas pré-natais, dificuldade de acesso a leitos de UTI obstétrica, deficiências na assistência à saúde, medidas de contenção de disseminação viral insuficientes e atrasos na imunização de gestantes. Já o retorno do indicador de saúde para os níveis preditos em 2022 revela os frutos dos avanços na campanha de vacinação contra COVID-19, iniciada no ano anterior. Por fim, conclui-se que o contínuo desfinanciamento e os problemas de gestão do SUS minaram a funcionalidade do Sistema Único de Saúde e enfraqueceram a resiliência histórica do país para lidar com novas pandemias.