Galícia, nai e señora? Celtismo e masculinização do nacionalismo galego em Na noite estrelecida
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6284 |
Resumo: | O discurso da herança celta serviu de fomento para a articulação e projeção dos discursos nacionalistas do século XX, tanto na Irlanda quanto na Galícia. A raça celta e o passado comum, conforme a revisão histórica feita no livro Lebhar Gabhála Éireann, tornaram a ideia do celtismo um recurso basilar para que Irlanda e Galícia legitimassem seus anseios pela independência dos domínios britânico e espanhol, respectivamente. Contudo, o tropo do celtismo sofreu uma deterioração a partir do discurso do estereótipo colonial que feminizava as colônias e masculinizava as metrópoles. A feminização das terras irlandesa e galega servia de argumento para endossar o exacerbado sentimentalismo melancólico em detrimento da razão, da qual resultava uma incapacidade de se autogovernar por conta da sua inferioridade face às terras ditas masculinas que as subjugavam. Ramón Cabanillas, autor expoente do movimento nacionalista que buscava uma (re)valorização da cultura, idioma e literatura, abordou essas questões de conflito de gênero no poema Na noite estrelecida . Cabanillas se desfez das figuras femininas, já amaldiçoadas pelo discurso imperialista, e buscou na virilidade de heróis celtas, como Rei Artur e Galahaz, uma nova estratégia para subverter esse estereótipo pejorativo e fazer da Galícia uma terra de homens |