O fazer-se Estado e fazer-se magistério em Iguaçu: funcionarização, agências e experiências (1895-1925)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10252 |
Resumo: | O presente trabalho debruçou-se sobre o processo de funcionarização pelo qual passou um grupo de professoras e professores primários públicos do estado fluminense, que regiam escolas em Iguaçu nos anos de 1895 e 1898. Este processo foi averiguado por meio das experiências vivenciadas em suas trajetórias profissionais, em cruzamento com o aparato normativo que, nesse período, regulava a instrução pública. O acervo documental foi constituído de legislações de instrução pública, mensagens dos presidentes de estado lidas anualmente à Assembleia, relatórios dos diretores de instrução pública e dos periódicos da época. Através dessa operação teórico-metodológica, procuramos vislumbrar como o Estado forjava-se, através das regulamentações em torno da instrução pública, ao mesmo tempo em que forjava a profissionalização e funcionarização do magistério. Por outro lado, através de suas agências e experiências, igualmente este professorado se encontrava em um processo de fazer-se , através do qual também fazia o Estado. Nesse sentido, o referencial teórico adotado dialogou com Nóvoa (1991), Thompson (1981; 1987), Gramsci (2001; 2007). Este estudo demonstrou as constantes tentativas de intervenção e controle estatais, na busca pelo estabelecimento de uma instrução que atendesse às demandas materiais e ideológicas que se pretendiam hegemônicas neste período. Em contrapartida, identificamos nesse grupo de docentes experiências de agências e resistências que demonstram como estes sujeitos históricos apropriavam-se da condição de funcionários públicos, e exerciam direitos garantidos por esta condição. Suas vivências externas ao ofício da docência também foram consideradas durante a pesquisa como parte de seu fazer-se magistério. Partindo de um constante dimensionar e redimensionar o objeto de estudo, o foco ora posicionava-se sobre o estado fluminense, ora voltava-se para Iguaçu, na tentativa de apontar como nessa região específica estavam se processando os projetos estatais de instrução pública e as experiências docentes. Para isso, consideramos a história local como constituinte das possibilidades de fazer-se Estado e fazer-se magistério. |