Meu corpo-campo de trabalhadora na APS: uma experiência feminista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Beatriz Zocal da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17384
Resumo: Este ensaio trata da construção de narrativas que questionam a matriz colonial que sustenta práticas na Atenção Primária em Saúde (APS) a partir da afirmação da experiência como produção do conhecimento e do reconhecimento do meu lugar social como mulher branca na sociedade brasileira. Com perspectivas do feminismo negro e decolonial, utilizo da escrita de si e registros de experiência em processo para fundamentar o que em mim pertence a uma sociabilidade de meu tempo. A partir de cenas das vivências de campo, reflito sobre as expressões da heteronorma nas relações de poder e violência de gênero do corpo de trabalhadora, bem como cisões e clivagens sociais na prática da APS considerando a racialidade como estrutura. Minhas reflexões são feitas a partir de leituras das atualizações das políticas que orientam esse nível de atenção e refletem o momento atual, em meio à crise da saúde no Rio de Janeiro-RJ e seu operar necropolítico. Por fim, proponho a reparação como caminho das políticas de saúde, de forma que reconheçamos nossa inscrição machista-patriarcal-heteronormativa-misógina no campo da saúde coletiva e a constituição moderno-colonial da história e democracia brasileira.