Professores em formação à distância : uma reflexão sobre os processos de escritura e de leitura dos textos cinematográficos para TV

• Ano de defesa: 2005
• Autor(a) principal: Inerelli, Carla Cristina de Mello
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Educação
• Palavras-chave em Português: Continuous formation; The cinematrographic text; Long-distance education; Formação continuada; Texto cinematrográfico; Educação à distância; Educação; Professores - Formação; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10495

O objetivo dessa pesquisa é refletir sobre o processo de escritura e de leitura do texto cinematográfico, mais especificamente procuramos investigar o impacto desse texto em um sistema de formação continuada de professores. Para isso, tomamos como objeto de estudo o programa Salto para o Futuro. Nesse sentido o texto cinematográfico, nessa investigação, foi ao mesmo tempo ponto de partida e de chegada, uma vez que, pela voz dos escritores , procuramos desvelar o processo de escritura e, da mesma forma, pelas palavras dos leitores tentamos elucidar o processo de leitura. A partir do material colhido tentamos estabelecer algumas relações entre os processos de escritura e de leitura do texto cinematográfico, buscando transcender a forma como comumente são concebidos, tendo geralmente como contorno dessa discussão a recepção do vídeo e não algo intrínseco a ele mesmo ou a definição como vídeo didático. Para cumprir esse desafio recorremos ao referencial teórico da cultura de massa, de educação à distância e de formação de professores, mais especificamente, tentamos interrogar tanto o processo de escritura quanto o de leitura do texto cinematográficos produzido no programa Salto para o Futuro. Construímos, então um roteiro de entrevistas para os escritores, e um questionário para os professores cursitas tomando como base essas indagações. Para isso, entrevistamos a equipe de produção do Salto para o Futuro e os professores que participam desse programa (orientadores e cursistas). Preparamos um roteiro de entrevista com perguntas que pudessem levar os produtores a falar e um questionário para que os cursistas pudessem responder por escrito às questões que envolvem tanto o processo de escritura, quanto o de leitura desses vídeos que são produzidos e veiculados nesse programa. Por meio da voz dos entrevistados visualizamos algumas questões que, apesar de serem específicas desse programa, consideramos que possam contribuir na reflexão sobre a escritura e leitura dos textos cinematográficos nos programas educativos, ainda que seja o nosso primeiro passo nessa discussão. Em relação ao trabalho entre equipe de comunicação e educação essa pesquisa revelou que há uma necessidade que ocorra de fato uma interação entre pedagogos, produtores e jornalista, e uma maior permeabilização entre esses programas, no qual tais profissionais incluam nesse fazer, uma interrogação permanente do sentido de seu trabalho em um programa de formação de professores. Em relação aos processos de escritura e de leitura do texto cinematográfico, este trabalho indica que os textos cinematográficos para programas educativos deveriam incorporar em sua escritura (produção), uma dimensão estética , uma abertura, um convite para que o professor/leitor seja instigado, a participar da história narrada, provocando-o a fazer a sua própria, considerando para isso tanto o que está sendo dito, quanto o não dito, o visível, e o ocultado. No decorrer dessa pesquisa foi possível verificar, ainda, a importância de incorporar tantto no processo de escritura quanto no de leitura, uma dimensão reflexiva. Extrapolando assim, o modelo instrucional que ainda hoje, alicerça muitos projetos de educação à distância, e ao contrário, se fundamente em seus princípos norteadore, como o respeito pelo ritmo de aprendizagem e a construção da autonomia. Um desafio para todos que estão diretamente ou indiretamente, envolvidos nesse trabalho