Imprensa, hegemonia e a agenda neoliberal no Brasil: o discurso privatista e a imagem depreciada do Estado e do funcionalismo público nas páginas do jornal O Globo (1990-1999)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13205 |
Resumo: | O objetivo central do presente trabalho foi o de analisar o conteúdo dos editoriais do jornal O Globo, publicados entre os anos 1990 e 1999, em relação ao ideário e à agenda neoliberal que marcaram a história política do Brasil durante esse período. Partimos da premissa de que meios de comunicação como O Globo não são meros mecanismos de informação isentos e imparciais; são agentes históricos e políticos com papel relevante nas disputas que se desenrolam no interior da sociedade civil. São Aparelhos Privados de Hegemonia que difundem ideologias e buscam consolidar consensos em torno dos interesses das classes (ou frações de classes) dominantes. Nessa dissertação, enxergamos o jornal O Globo como um instrumento político/simbólico que atuou na difusão de uma narrativa positiva em torno do neoliberalismo, apresentando-o como uma alternativa benéfica a toda sociedade brasileira. Analisamos e expusemos, neste trabalho, exemplos, sobretudo de editoriais do periódico carioca, que abordavam positivamente a ampla agenda de privatizações dos anos 1990, a abertura comercial e a liberalização do mercado; enquanto, em contrapartida, depreciavam as estatais e a imagem do Estado brasileiro e do funcionalismo público. Também averiguamos as narrativas do jornal O Globo diante de privatizações específicas como a Vale, da CSN e das Telecomunicações. A partir dessa análise percebemos a construção de um discurso pró-neoliberal nas páginas do periódico da família Marinho. Uma narrativa propagandista que exaltava a iniciativa privada e desqualificava o Estado e a Esfera Pública. |