A crítica da economia política da fome
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23681 |
Resumo: | A presente dissertação caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório-explicativa com técnicas e fontes de base bibliográfica e documental. Apresenta investigação sobre o fenômeno da fome e sua relação com o desenvolvimento do agronegócio, a partir da crítica da economia política, evidenciando as implicações do desenvolvimento do capitalismo e de seu atual regime de acumulação financeirizado, a partir dos anos 1970, e, seus desdobramentos sobre a questão agrária. Para tanto, aborda-se a fome como resultado imanente das relações sociais capitalistas, verificando a captura pelo capital da necessidade do ser vivo de se alimentar, cotejando a teoria marxiana e marxista sobre as determinações e fundamentos que estruturam a sociedade capitalista e estão refletidas na teoria do valor de Marx. Também elenca-se determinações peculiares à formação social brasileira que incidem sobre o fenômeno social da fome, especialmente, a questão agrária, a condição de capitalismo dependente do país ao centro capitalista, a função da especialização produtiva no fornecimento de matérias-primas na divisão internacional do trabalho e seus rebatimentos sobre a classe trabalhadora. Os resultados da pesquisa mostram que a manifestação da fome ganha contornos socialmente disruptivos no atual estágio de desenvolvimento, com a financeirização e a neoliberalização do capitalismo, na medida em que, essas dinâmicas, não superam a reprodução entravada do valor, o que assevera seu caráter destrutivo sobre a vida humana e a natureza, no seu movimento compulsivamente crescente. Por fim, a dissertação evidencia outro alcance da pesquisa, especificamente, o alimento-mercadoria como uma chave de leitura importante sobre a realidade que envolve a produção de valor no campo brasileiro, desnudando o caráter socialmente violento do agronegócio sobre o ato de se alimentar e sobre a qualidade da alimentação, na medida em que a produção de alimentos para o abastecimento interno é subordinada à demanda do mercado internacional, criando constrangimento à necessidade básica de se alimentar para vastas camadas classe trabalhadora. |