Estudo dos fatores de risco associados a infecções em gestantes com lúpus eritematoso sistêmico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19590 |
Resumo: | As gestantes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) apresentam fatores de risco relacionados à gestação e à doença de base que predispõem a infecções. O objetivo é estudar a ocorrência de infecções nas gestantes com LES acompanhadas no ambulatório pré-natal de doenças autoimunes do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), incluindo a distribuição por órgão, gravidade e fatores de risco associados. O desenho de estudo é do tipo coorte com coleta prospectiva e retrospectiva de dados. A população analisada constitui-se por gestantes com diagnóstico de LES estabelecido pelos critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia e acompanhadas no ambulatório pré-natal de doenças autoimunes do HUPE. Os dados analisados são relativos ao período de 2011 a 2019. As informações sobre as manifestações clínicas, laboratoriais e medicações utilizadas no tratamento do LES foram obtidas com revisão dos prontuários físicos e eletrônicos e entrevista direta com as pacientes com o emprego de questionário semiestruturado. Os dados foram avaliados de forma descritiva incluindo as análises de normalidade de distribuição das variáveis, proporções, médias, desvios-padrão, medianas e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Utilizou-se os testes do qui-quadrado (χ2), Fisher exato e t de Student. Foram realizadas análises bi e multivariada para determinar a associação entre variáveis clínicas e infecção. Foram analisadas 254 gestantes com LES e as infecções (uma ou mais) ocorreram em 24,8% (63/254). O trato urinário foi o mais frequente com 16,5% (42/254) do total de gestantes, seguido do respiratório com 7,9% (20/254). A média de idade do diagnóstico de LES foi de 20,4 ± 6,7 anos e do parto foi de 28,4 ± 6,0 anos. Na análise bivariada, o uso de prednisona no início e no final da gestação foi associado à maior chance de infecção (p=0,03 e p=0,01). A dose > 5 mg/dia de prednisona empregada no início e no final da gestação, aumentou o risco de infecção de forma geral (p=0,03 e p=0,02) e quando empregada no início da gestação, teve associação com infecção do trato urinário (p=0,02). A dose ≥10 mg no início da gestação teve associação com infecção respiratória (p=0,01). Quando empregadas no final da gestação, a azatioprina (AZA) e prednisona foram associadas à infecção respiratória (p=0,02 e p=0,02). A atividade de doença, a presença do anticorpo anti-DNA e a dose cumulativa de prednisona no final da gestação estiveram associadas a maior número de infecções gerais (p=0,006, p=0,005 e p=0,01). Na análise multivariada, a atividade de doença foi associada a aumento em duas vezes na chance de desenvolvimento de infecções em gestantes com lúpus (ORa= 2,3 (1,07-4,97); p=0,03)). |