Risco cardiovascular em policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e em policiais de unidades convencionais: uma análise comparativa transversal
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20550 |
Resumo: | As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no mundo e no Brasil, sendo responsáveis por 30% dos óbitos anuais. Este estudo tem por objetivo principal avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovascular em policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e em policiais de unidades convencionais. Realizado estudo quantitativo, observacional do tipo transversal, com 400 policiais militares: BOPE (GI = 200) e de unidades convencionais (GII = 200) do sexo masculino, e que durante o período de realização da pesquisa (agosto/ 2017 a dezembro/ 2018), estivessem efetivamente exercendo a atividade policial nas Unidades da PMERJ. Analisadas as variáveis: idade, peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial, história familiar de doença arterial coronariana (DAC), alcoolismo, sedentarismo, tabagismo, exames laboratoriais e autopercepção de estresse. Utilizado questionário estruturado para a coleta dos dados. Realizada análise descritiva dos dados. Utilizado o teste t de Student para as varáveis contínuas e o teste do qui-quadrado para as variáveis categóricas. Adotado o nível de significância de 5%. Os resultados encontrados foram: faixa etária prevalente situada entre 35-44 anos de idade, em ambos os grupos, com um contingente mais numeroso no GII (70,6%). Os percentuais de sedentarismo foram 17,6% e 17,9%, respectivamente nos Grupos I e II. Os percentuais de etilismo foram 11,6% no BOPE e 6,0% nas unidades convencionais. O percentual de tabagistas ativos foi 19,1% no Grupo I e 54,2% no Grupo II. Quanto à história familiar para DAC, o GI referiu 25,6% e o GII, 21,4%, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,34). Verificou-se diferença significativa nas variáveis: altura e colesterol (p=0,01) e circunferência abdominal (p=0,02) entre os grupos estudados. Em relação à hipertensão arterial, apenas 10,8% eram hipertensos, sendo 15,1% do Grupo I e 6,5% do Grupo II. Os percentuais de diabetes foram 1,5% no GI e 4,5% no GII. No Grupo I foram observados valores maiores de colesterol total (média±DP = 229,69±36,50 mg/dL) em comparação com o Grupo II (média±DP = 209,69±32,78 mg/dL). No que se refere à autopercepção do estresse, ambos os grupos se referiram como estresse moderado (GI – 42,7% e GII – 43,8%). O escore de Framingham evidenciou que apenas 1,3% (1,0% no GI e 1,5% no GII) dos indivíduos analisados estavam sob risco alto, 11,5% sob risco intermediário (13,1% no GI e 10,0% no GII) e 87,3% sob risco baixo (85,9% no GI e 88,6% no GII), sem diferença significativa (p=0,57). Em conclusão: os fatores de risco cardiovascular: alcoolismo, sedentarismo, tabagismo, sobrepeso, hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, estresse, história familiar de DAC e uso de esteroides e anabolizantes foram prevalentes em ambos os grupos. Foram mais prevalentes no BOPE os fatores: alcoolismo, colesterol total, circunferência abdominal e hipertensão arterial do que no Grupo II. Apenas o tabagismo foi mais prevalente no grupo de policiais das unidades convencionais. Não houve diferença entre os grupos em relação à autopercepção do estresse, tendo ambos se autorreferidos com estresse moderado. O risco de desenvolver DAC em 10 anos, segundo escore de Framingham, foi baixo em ambos os grupos. |