As inflexões do pós-moderno na produção do conhecimento em serviço social
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16912 |
Resumo: | O presente trabalho consiste na análise acerca das inflexões do pós-moderno na produção do conhecimento em Serviço Social. Considerando, para tanto, a ampla disseminação das elaborações pós-modernas desde a configuração das transformações societárias ocorridas nas três últimas décadas do século XX. Diante de tal conjuntura a voga pós-moderna buscou transformar a crise do capitalismo que já se delineava desde os fins dos anos 1960 (mas que encontra na década subsequente o seu estopim) em uma crise da modernidade e com esta a decadência de projetos, valores, princípios e narrativas ligadas ao humanismo, ao historicismo e à razão dialética. E nesse sentido se colocando como uma visão de mundo inteligível e factível diante da falência do projeto emancipador da modernidade. O pós-moderno se constitui enquanto um campo heteróclito, difuso e extravagante de elaborações, porém, cuja tônica comum reverbera sobre a perspectiva de sua reprodução enquanto uma ideologia do e para o tempo presente. Ideologia que cumpre uma funcionalidade à reprodução social do projeto de dominação burguesa, haja vista seu conteúdo apolítico e neoconservador. O estudo foi realizado a partir de um conjunto de teses de doutorado defendidas nos primeiros cinco anos do século XXI, nos Programas de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Objetivou levantar nesses trabalhos a incorporação e a assimilação das teses e dos autores do campo pós-moderno no âmbito dessa produção e com isso problematizar as inflexões desta à direção neoconservadora que o subjaz. Pesquisa que possibilitou elucidar: a presença desses extratos pós-modernos no interior da produção do Serviço Social, considerando o universo investigado; que essas inflexões se concentram no debate acerca do feminismo e do gênero, do trabalho e da comunicação e das redes digitais; que ocorrem, sobretudo, no tratamento das particularidades dos objetos; e que se dão em certa medida por falta de apropriação do método crítico dialético e da presença histórica do ecletismo no interior do Serviço Social. Constatações essas que remetem a confirmação da hipótese inicial do nosso trabalho, qual seja: se firma no interior da atual produção do conhecimento em Serviço Social inflexões pós-modernas que claramente firmam um campo de tensões com a direção social e estratégica assumida nos termos do atual projeto ético-político da profissão - com implicações nas dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas, ideo-culturais e técnico-operativas que o informam. |