Análise da deformação rúptil ao longo da costa fluminense entre Niterói e Búzios através de dados de campo e sensoriamento remoto

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Barroso, Aimée Guida
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
• Palavras-chave em Português: Structural analisys; Brittle deformation; DEM-derived Lineaments; Cabo Frio Terrain; Oriental Terrain; Análise estrutural; Deformação rúptil; Lineamentos de relevo; Terreno Cabo Frio; Terreno Oriental; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7146

A Costa Azul do Estado do Rio de Janeiro, entre as cidades de Niterói e Armação de Búzios, está localizada em um setor da margem continental brasileira que mostra uma marcante mudança de orientação da linha de costa de N-S para E-W. Esta mudança de orientação coincide com um alto estrutural, o Alto de Cabo Frio (ACF), que separa duas importantes bacias sedimentares da costa brasileira, as bacias de Campos e Santos. Isso é interpretado como o resultado da variação no campo de esforços atuantes durante a abertura do sistema de riftes do Atlântico-Sul, no Eocretáceo. Eventos tectônicos anteriores e posteriores também geraram uma série de estruturas rúpteis, que se confundem ou reativam as estruturas formadas durante o evento diastrófico do Eocretáceo. O principal objetivo da presente dissertação é analisar a maneira que a tectônica rúptil incidiu e se desenvolveu na área estudada. A geologia da região em questão é propícia a estudos da deformação rúptil, pois contém dois terrenos com estruturação e litologia contrastantes (Terreno Cabo Frio e Terreno Oriental), permitindo a comparação entre a assembleia de estruturas desenvolvidas em dois diferentes substratos. Baseado em dados de campo onde se realizou a análise estrutural das estruturas rúpteis (diques, veios, falhas e juntas), e dados de lineamentos de relevo obtidos em Modelo Digital de Elevação (MDE) a partir de imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), tentou-se hierarquizar tais estruturas em grupos, com características cinemáticas e dinâmicas semelhantes e preenchimento e idade relativa coincidentes. Sete grupos de falhas foram caracterizados quanto a sua geometria, cinemática e dinâmica e sua expressão estatística e morfológica em cada terreno. Os grupos de falha de orientação NE-SW a ENE-WSW são os mais frequentes em toda a área de estudo, enquanto outros grupos demostram divergências entre os domínios tectônicos. A análise da distribuição espacial dos lineamentos mostrou relações geométricas significativas entre estruturação dúctil herdada de cada terreno, a sutura tectônica, zonas de fraqueza crustal e orientação preferencial de fraturamento, servindo de subsídio para uma compartimentação em domínios estruturais rúpteis