Por que forjar desprezo pelos vivos e fomentar desejos reativos? Raça, consumo e fronteiras psicossociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, José Augusto da Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15192
Resumo: O ponto de partida desta pesquisa são os resultados obtidos em uma outra que desenvolvemos por ocasião de nosso curso de mestrado. Nela, concluímos que, modo geral, o imaginário social brasileiro representa a burguesia, não como uma classe social, mas como um grupo étnico hegemônico. Daí funcionar a segregação como uma sorte de pena aquele que se distancia do modelo burguês. Como estes resultados apontam uma diferença em relação ao conceito de burguesia consagrado pelas ciências sociais e porque carregam consigo a idéia de que as fronteiras entre a população branca e a população negra tendem a se afrouxar à medida que cresça o número de negros a exteriorizar sinais diacríticos de pertencimento à burguesia; decidimos empreender uma investigação focada nas fronteiras simbólicas e sociais entre os grupos étnicos presentes na cidade do Rio de Janeiro; calcados na suspeita de que, como demarcador social, a raça estaria perdendo importância para o gosto. Por trás de tudo isso, no entanto, se encontra nossa preocupação com o estado atual das discussões sobre o anti-racismo, no Brasil, as quais parecem estar estacionadas nas bases do pensamento da década de 1950. Desta sorte, esperamos, com este trabalho, contribuir para com o movimento social negro brasileiro, oferecendo-lhe uma análise crítica dele próprio