Biografemando a experiência do grupo de dança sobre rodas Corpo em Movimento: entre a produção de normalidade e as astúcias criadas pelos corpos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10000 |
Resumo: | A presente pesquisa propõe um exercício de pensamento sobre as tensões entre a normalidade produzida nos corpos, especificamente nos corpos dos bailarinos do grupo de dança sobre rodas Corpo em Movimento e as astúcias, táticas que são criadas na prática cotidiana em fazer dança como resistência. Historicamente, a condição desses bailarinos, foi pensada e produzida como falta, uma espécie de desvio da norma instituída como padrão. Nesse contexto a dança se apresenta como proposta de reabilitação e normalização dos sujeitos, mas de certa maneira esses sujeitos produzem brechas para se manter como possibilidade de existência em um espaço hegemonicamente instituído. A pesquisa apresenta a trajetória dos bailarinos do grupo de dança sobre rodas Corpo em Movimento. Uma tentativa que pretende trazer as questões que os afetam e os efeitos neles dessa naturalização do corpo entendido como anormal. Assim, tendo o corpo como fio central dessa pesquisa, tecemos os conceitos trazidos por Michel Foucault e Michel de Certeau na tentativa de problematizar o processo histórico de produção do espaço da normalidade, como parte de uma prática discursiva que foi instituída, naturalizada e perpetuada, e ainda, conceituar as astúcias, que surgem no enfrentamento de uma lógica normalizadora dos corpos, instaurando padrões que funcionam como representações do real. Dando a ver as astúcias criadas pelos corpos desses bailarinos como forma de resistência ao instituído. A pesquisa faz emergir biografemas e biofotografemas, baseado no conceito de Roland Barthes, como forma de contar os efeitos que surgem entre os corpos dos bailarinos e o corpo da pesquisadora. A temática insere-se no campo de discussão da pedagogia da diferença pois aborda um tema fundamental para o cenário da educação inclusiva, em especial no que se refere às formas de produção de um sujeito que habita um corpo com rodas. |