Contribuição da teoria social cognitiva para intervenções pedagógicas sobre atividade física e saúde na (e da) escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gouvêa, Bruno dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22730
Resumo: A Teoria Social Cognitiva (TSC) contribui para compreender que estratégias psicossociais os adolescentes empregam para serem ativos fisicamente. O objetivo geral desta tese foi avaliar se um recurso didático fundamentado na TSC era capaz de desenvolver crenças de autoeficácia para atividade física (AF) no domínio do lazer em estudantes adolescentes (14 a 18 anos) do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. A pesquisa foi estruturada em um estudo-piloto e três estudos. No estudo-piloto, objetivou-se testar os instrumentos utilizados no Estudo 1, cujos objetivos foram avaliar os níveis de: a) crenças de autoeficácia para AF; b) AF com o Questionário Internacional para a AF (IPAQ) – versão curta; c) apoio social percebido para AF. Após o estudo-piloto, o instrumento de autoeficácia foi substituído por outro, havendo uma etapa de adaptação e validação psicométrica para o contexto brasileiro. Nos Estudos 2 e 3, os objetivos foram: a) aprimorar o recurso didático As Escolhas de Augustinho: uma história-ferramenta sobre autorregulação para a saúde, resultando em um programa de intervenção pedagógica; b) avaliar a eficácia da intervenção em aumentar os níveis de AF; c) analisar as estratégias autorregulatórias de AF adotadas pelos estudantes, por meio de entrevista semiestruturada. Trata-se de uma pesquisa de intervenção pedagógica quase-experimental, com grupo controle, de série temporal (pré e pós-teste), quali-quantitativa. A intervenção ocorreu durante 8 semanas, nos formatos on-line (dois mediadores) e presencial (um mediador capacitado) com duração de 1h20m cada. No estudo 1, por meio dos softwares FACTOR e JASP, foram realizadas análises estatísticas descritivas, inferenciais, análises fatoriais exploratórias, avaliação dos índices de qualidade dos itens do instrumento de autoeficácia, avaliação dos efeitos da intervenção intra e interssujeitos quanto aos níveis de AF, das crenças de autoeficácia e de apoio social pelos testes Wilcoxon Signed-rank e de Mann Whitney. Nos estudos 2 e 3, foram realizadas análises temáticas reflexivas e, com auxílio do software IRaMuTeQ, estatísticas textuais, classificação hierárquica descendente, análise de contrastes, análise de similitude e nuvem de palavras para examinar fontes secundárias (tarefas da intervenção e diário de campo) e 11 entrevistas semiestruturadas. Como resultados gerais, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos níveis de AF, de autoeficácia e de apoio social após a intervenção presencial, no entanto os efeitos qualitativos dos formatos de intervenção on-line e presencial foram relevantes. Como contribuições desta tese destacam-se: a) possível utilização de uma escala de autoeficácia adaptada e validada em outras regiões do país; b) programa de intervenção pedagógica para AF e saúde com descrição detalhada a partir de diversos olhares (diário de campo; percepções de docentes e discentes do campo); c) triangulação múltipla dos dados como validação dos resultados da intervenção. Conclui-se que estudos futuros, em outros contextos escolares, voltados a estudantes adolescentes pouco ativos empreguem o programa de intervenção pedagógica com o auxílio do recurso didático desta tese, preferencialmente durante oito semanas, com o ensino de estratégias autorregulatórias simples como estabelecimento de metas graduais, monitoramento subjetivo e apoio social de responsáveis com estilo de vida ativo