Entre parábolas e teoremas: uma sociologia política de Lava Jato e Mani Pulite
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17489 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetos empíricos duas operações anticorrupção, a brasileira Lava Jato e a italiana Mãos Limpas. O objetivo é o de oferecer uma análise explicativa sobre como processos judiciais, em uma conjuntura favorável, podem ser politizados. Para isso, foi formulada uma abordagem chamada de incidental em que são analisados os incidentes político-jurídicos, pequenos fragmentos da ação dos operadores do sistema de justiça envolvidos nos casos. Os incidentes são elementos processuais combinados entre si ou com elementos extra-processuais que aceleram o curso da justiça. Seu uso é estratégico e sincrônico e eles são observáveis em abundância em casos de alta repercussão. Para identificar os incidentes, este trabalho recorreu à sistematização de enquadramentos (GOFFMAN, 1986) a partir dos escritos dos operadores engajados nos processos, identificando como tema central da controvérsia a atuação do sistema de justiça no combate à corrupção e posicionamentos contra, neutros e a favo de tal atuação. Foram realizados as mesmas etapas de pesquisa para as duas operações de maneira conectada e os achados dão conta que os enquadramentos sistematizados são produzidos pela interação entre lógicas políticas, jurídicas, fatos, normas, entendidos através dos conceitos de sistema normativo (SELZNICK, 1961) e sensibilidade jurídica (GEERTZ; MELLO JOSCELYNE, 2002). |