Razão de chance e incidência de lesões em jovens atletas de futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Vicente Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8207
Resumo: Objetivos: Determinar a razão de chance e incidência de lesões em jovens atletas de futebol. Materiais e Métodos: O estudo ocorreu por acesso a bancos de dados de um clube de futebol do Rio de Janeiro. Foram analisados os dados das categorias sub 17 e sub 20 quanto as características das lesões ao longo do ano 2016. Os dados foram analisados no programa Python 2.7 e programa R versão 3.4.2. Resultados: Foi identificada proporção de incidência de 0,68, proporção de incidência repetida 1,48, taxa de incidência 55,26 e erro padrão 7,08. No sub 17, houve 62 casos entre 54 atletas total, em que 39 tiveram lesão, tendo ocorrência de 1,148 casos por atleta, o que representa 114,81 % de casos e 72,22% de lesionados. No sub 20, ocorreram 61 casos entre 53 atletas total, em que 42 tiveram lesão, tendo ocorrência de 1,151 casos por atleta, o que representa 115,09 % de casos e 79,25% de lesionados. No presente estudo, a maior ocorrência verificada foi para o grau moderado. A incidência de lesões por dias da semana ao longo do ano para as categorias sub 17 e sub 20, sendo quarta-feira para o dia de ocorrência e sexta-feira para o dia da liberação. As maiores incidência de lesões por mês ao longo do ano foram nos meses de maio e outubro e de liberação março e outubro. A principal lesão encontrada foi a entorse de tornozelo, seguida pela mialgia de adutores de quadril. Houve destaque para lesão de antebraço para defensores e atacantes. A maioria das lesões para todas as posições foram unilaterais. O lado direito do corpo teve maior quantidade de lesões no pé, seguida por lesões no antebraço, exatamente o oposto do lado esquerdo, onde a maior quantidade de lesões ocorreu no antebraço e depois no pé. As estimativas de Razão de Chance foram desenvolvidas através de modelos Logit, os quais tiveram por variável dependente: I) Categoria; II) Posição, III) Lesão, IV) Mês da Lesão, IVA) Mês 1º Semestre e IVB) Mês 2º Semestre. O III apresentou aplicabilidade prática, OR = 0,02, tendo Segmento como fator de risco, OR = 2,14. O IV deteve melhor resultado, OR = 18,17, com Posição (OR = 0,67) e Lesão (OR = 0,96) como fatores de proteção. O modelo IVA revelou probabilidade constante (OR = 72,81), portanto sem identificação de fatores de proteção ou risco. Finalmente, no modelo IVB, a abordagem se revelou a mais estável, conquistando OR = 8516,34, sendo Lesão (OR = 0,75) e Categoria (OR = 0,14) fatores de proteção, enquanto que Segmento (OR = 1,90) foi caracterizado como fator de risco. Conclusão: Com os resultados do presente estudo, pode-se concluir, quanto ao estudo epidemiológico, que os jovens atletas das categorias sub 17 e sub 20 tendem a ter lesões moderadas, com incidência principal no tornozelo e mialgias na coxa. O estudo desenvolveu seis modelos Logit de razão de chance, tendo como variáveis: afastamento, posição, lesão, lado, segmento, realizada com jovens atletas das categorias sub 17 e sub 20 de futebol de campo. Com a aplicação desses modelos, pode-se concluir que: quando as variáveis dependentes foram a dicotimização das posições em jogo, os tipos de lesões apresentam risco de lesão, o que significa que as lesões que ocorreram nas posições possuem chance verdadeira de se reproduzirem. Quando à dicotimização dos meses do segundo semestre foram a variável dependente, se evidenciou que os segmentos são fatores de risco, entendendo que as lesões ocorridas no segundo semestre possuem chance real de ocorrerem. Como visto, as chances de lesões nos segmentos possuem maior risco de acontecerem, principalmente articulares e no mês de outubro.