A incerteza em Vale Abraão: o encontro entre Manoel de Oliveira e Agustina Bessa-Luís
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21608 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é refletir sobre o romance Vale Abraão, de Agustina Bessa-Luís e o filme, de mesmo nome, do cineasta Manoel de Oliveira. Buscou-se demonstrar algumas influências literárias importantes do escritor Camilo Castelo Branco na escrita de Agustina Bessa-Luís e no cinema de Manoel de Oliveira que podem ser verificadas em Vale Abrão, apesar deste ser um romance do século XX e, Agustina, como autora contemporânea, traz características na sua escrita da desarticulação das instituições pós-modernas. A obra assim desvela-se contemporânea e, por essa razão acompanhada de suas incertezas; o uso de um mosaico neobarroco que sai da literatura para descrever as articulações da sociedade, tudo, porém com um viés Camiliano. Investigou-se também que as influências Camilianas em Agustina contribuíram para que a personagem principal do romance Ema Cardeano Paiva se distanciasse da personagem francesa Emma Bovary do romance Madame Bovary do escritor Gustave Flaubert tornando Vale Abrão um romance único e não apenas uma mera reescrita do romance de Flaubert. Esta pesquisa fez, para isso, então, uma análise sobre a importância da memória e do recordar como reflexão de vida, por conseguinte, unindo aspectos culturais como a representação das casas como lar e na efetiva atuação destas como personagens de Agustina Bessa-Luís em Vale Abrão, espelhando um lugar seguro em meio ao caos da desarticulação contemporânea e de todas as suas incertezas advinda deste cenário. Na sequência, foi também analisado uso do elemento água como representação de nascimento, morte e feminilidade, destacando-se a personagem feminina, Ema, que se mistura às águas do rio Douro; rio como símbolo importantíssimo do próprio romance e da personagem Ema Cardeano Paiva |