Prevalência de deficiências das vitaminas do complexo B em mulheres em idade fértil, gestantes e lactantes no Brasil: Revisão Sistemática e Metanálise
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17550 |
Resumo: | Introdução: A deficiência de vitaminas do complexo B está associada a desfechos negativos na fertilidade feminina e na gestação. Conhecer as taxas de deficiências destas vitaminas no país permite identificar um cenário epidemiológico de relevância para a saúde pública. Objetivos: Sistematizar estudos que avaliaram a prevalência de deficiências de vitaminas do complexo B em mulheres em idade fértil, gestantes e lactantes no Brasil, e identificar possíveis fatores relacionados a modificação destas taxas. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática norteada pela seguinte questão: “Qual a prevalência de deficiências das vitaminas do complexo B em mulheres em idade reprodutiva no Brasil?”. Os estudos foram identificados e selecionados a partir de pesquisa em sete bases de dados eletrônicas e consulta a pesquisadores. Os principais critérios de elegibilidade incluíram estudos transversais e de coorte realizados em mulheres em idade fértil, grávidas e lactantes no Brasil; e que investigaram a deficiência de vitaminas do complexo B por meio de marcadores bioquímicos. Dois revisores realizaram de forma independente a triagem e seleção dos estudos, a extração de dados e avaliação do risco de viés. Foram realizadas metanálises e análises de subgrupos. Resultados: Foram identificados 3222 registros nas bases de dados e 11 através da consulta aos pesquisadores. Destes, 12 estudos foram considerados elegíveis e compuseram esta revisão sistemática. Apenas taxas de prevalência de deficiência para B9 (n=12), B12 (n=10) e B6 (n=1) foram investigadas, a partir de estudos conduzidos de 1972 a 2015. As prevalências globais para o grupo de mulheres em idade fértil foram 2,0% (0,0-6,0) e 9,0% (2,0-19,0) para folato sérico, considerando menores ou maiores pontos de corte, respectivamente; 5,0% (1,0-11,0) para B12 (6 estudos em cada análise); e 1,9% (0,6-6,2) para B6 (1 estudo). Nas gestantes, 5,0% (0,0-14,0) para folato sérico e 8,0% (2,0-16,0) para B12 (3 estudos em cada análise) e nas lactantes, estas prevalências foram de 18,0% (0,0-49,0) e de 6,0% (0,0-20,0), para folato sérico e B12, respectivamente (3 estudos em cada análise). A heterogeneidade nas metanálises globais foram significativas e, de acordo com análises de subgrupos, podem ser atribuídas às variáveis idade, região geográfica, período temporal conduzido e ponto de corte para deficiência adotado. A análise temporal demonstrou queda nas taxas de deficiência para folato nos três grupos, entretanto, tendência de aumento nas taxas de deficiência para B12 em gestantes e mulheres em idade fértil. Conclusão: As taxas observadas de deficiências de vitaminas neste estudo sugerem a necessidade de monitoramento e implementação de novos estudos, de modo a representar um cenário mais atual sobre as taxas de deficiências destas vitaminas para os grupos de gestantes e lactantes com o intuito de subsidiar discussões futuras acerca da necessidade de se elaborar políticas públicas voltadas para a prevenção e/ou tratamento de carências destas vitaminas nestes grupos específicos. |