Como estão sobrevivendo os pequenos prematuros: um olhar sobre a população do Instituto Fernandes Figueira
Ano de defesa: | 1999 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19722 |
Resumo: | A maior sobrevida alcançada pelos recém-nascidos prematuros, em decorrência dos melhores cuidados perinatais, fez com que o interesse dos pesquisadores se voltasse para a evolução futura destas crianças que recebem alta das unidades neonatais, São descritas anormalidades do seu desenvolvimento, tanto neuromotor quanto cognitivo. :-;o nosso meio. existem poucos estudos sobre a evolução dos prematuros de muito baixo peso ao nascer e nenhum relato sobre o desenvolvimento cognitivo e as áreas mais comprometidas nestas crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento cognitivo na idade pré-escolar de um grupo de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso ao nascer, verificando quais as áreas que apresentavam maior comprometimento e se haviam fatores neonatais que fossem preditivos para as anormalidades encontradas. Foi realizado um estudo prognóstico envolvendo uma coorte de prematuros nascida entre janeiro/!991 e setembro/!993. Uma equipe de psicólogas aplicou o Teste WPPSI R nas crianças entre as idades de 4 anos e 5 anos e 11 meses. Este trabalho foi desenvolvido no Departamento de Neonatologia do Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. Um estudo de confiabilidade inter-observador entre as psicólogas da equipe foi realizado no inicio da pesquisa, sendo constatado uma excelente concordância entre elas, com coeficientes de correlação intra-classe de 0.82 para o escore total, de 0,89 para o escore verbal e de 0,91 para o escore executivo. A média do escore total do Teste WPPSI-R encontrada nas 79 crianças estudadas foi inferior aos relatos da literatura. Em 77,2% das crianças o escore total estava inferior a 85 (1 DP abaixo da média) e em 32,9% inferior a 70 (2 DP abaixo da média) Os sub testes que mostraram pior resultado correspondem às funções de coordenação viso motora, percepção e organização perceptiva. orientação espacial, cálculo. capacidade de planejamento. memória remota. Estes resultados são concordantes com os relatos da literatura. Nenhum fator neonatal foi considerado adequado para predizer anormalidade cognitiva (1 DP da média) para o escore total do Teste WPPSI-R Em relação ao escore executivo a sepse neonatal foi o único fator que apresentou associação com a presença de escore anormal. O fato de ter nascido pequeno para idade gestacional foi fator de predição para o escore verbal anorrnal. Os fatores neonatais (USTF anormal, PIG) só foram significativos para predizer escores totais abaixo de 70 (2 Df' da média). juntamente com sexo masculino. As médias dos escores (total, executivo e verbal) do grupo de comparação utilizado estavam no limite inferior da normalidade. A comparação dos resultados obtidos nas crianças nascidas prematuras com aqueles das crianças da escola da favela da Rocinha mostra um diferença bastante evidente em relação aos dois grupos. com as crianças do grupo de comparação apresentando melhor desempenho. Resuitados mostram a importâncía de se realizar o acompanhamento dos recém nascidos prematuros por longo tempo. para identificar aquelas crianças que se beneficiariam de orientação em relação à estimulação cognitiva ou mesmo de intervenção por especialistas. |