Dinâmicas temporais de populações em resposta a mecanismos estruturadores da comunidade: uma avaliação preliminar da sincronia em pequenos mamíferos não-voadores
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5792 |
Resumo: | O presente estudo buscou entender as dinâmicas populacionais das espécies de uma comunidade de pequenos mamíferos de floresta tropical e realizar uma primeira abordagem em uma longa série de dados a fim de avaliar a sincronia das respostas das espécies a fatores que estruturam uma comunidade. O estudo foi realizado no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em uma floresta de encosta na Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Utilizei dados captura-marcação-recaptura oriundos de um monitoramento de 20 anos de populações de pequenos mamíferos para estimar séries temporais de tamanho populacional e biomassa das nove espécies mais capturadas, considerando a detecção imperfeita dos indivíduos. Apliquei a função de autocorrelação nas séries temporais geradas para cada espécie com o intuito de detectar ciclos populacionais e aferir a respeito da natureza dos mecanismos que governam as mesmas (endógenos e/ou exógenos). Somado a isso, correlacionei as séries temporais entre si e com fatores climáticos de escala local e global. Uma combinação de fatores endógenos e exógenos aparenta governar as dinâmicas temporais das populações estudadas. Estas apresentaram dinâmicas específicas, onde diferentes ciclos puderam ser observados entre as espécies, mesmo que para algumas não tenha sido identificado um ciclo definido. As espécies também variaram entre si em relação às respostas aos mecanismos ambientais testados, tanto na direção da resposta (positiva ou negativa), quanto no tempo de atraso. Adicionalmente, foram encontradas poucas correlações significativas entre as espécies estudadas, de forma que a maioria das correlações foram positivas, sendo, porém, fracas ou muito fracas. Portanto, esta avaliação preliminar sugere que as dinâmicas temporais das espécies dessa comunidade não estão em sincronia. É possível que isso ocorra devido ao fato de a área apresentar influência de atividades antrópicas, de forma que o impacto dessas pode estar favorecendo algumas espécies em detrimento de outras. Somado a isso, a estocasticidade demográfica também pode estar influenciando, uma vez que acomete principalmente as pequenas populações e é sabida por diminuir a sincronia das dinâmicas populacionais |