Repensando o São Cristóvão no conjunto da obra queirosiana
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6569 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo evidenciar a relevância do conto São Cristóvão dentro do conjunto da obra de Eça de Queirós. Os textos metaficcionais de Eça, das décadas de 80 e 90, sugerem uma mudança no seu posicionamento estético. Seguindo uma tendência já apontada por Antero de Quental para as diversas correntes do pensamento na segunda metade do século XIX, Eça abandona as posições mais ortodoxas do Realismo-Naturalismo e adota uma atitude mais sincrética em suas obras. Neste novo posicionamento, Eça cede espaço, em suas obras, para a imaginação e a fantasia. No entanto, esta não é a mudança mais significativa em relação aos pressupostos do Realismo-Naturalismo. A novidade é que, nas obras desta fase, Eça questiona a posição de supremo árbitro das ações humanas ocupada pela consciência, mostrando que a mesma não é capaz de garantir ao homem o Bem (absoluto) pregado pelo Positivismo. Comparamos o conto São Cristóvão ao que Antero chama, em sua filosofia, de eu ideal, para mostrar o quanto esta idéia positivista da possibilidade de se alcançar o Bem absoluto pela intervenção da consciência nas ações humanas é combatida por Eça. Nesta perspectiva, mostramos como o conto São Cristóvão se insere neste seu recuo ideológico, estabelecendo um diálogo com a Geração de 70 , a filosofia de Antero e a crise intelectual do fim do século XIX |