Caracterização fenotípica e molecular de Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos isoladas de secreções respiratórias de pacientes com fibrose cística
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14379 |
Resumo: | A Pseudomonas aeruginosa é um microrganismo ubíquo, mas de extrema importância como patógeno oportunista, especialmente por apresentar fatores de virulência e resistência aos antimicrobianos, gerando dificuldades na sua erradicação. Quando presente em infecções respiratórias nos pacientes com fibrose cística (FC), está associado a altas taxas de morbidade e mortalidade. É notável a sua tendência aumentada a um padrão de multidrogarresistencia (MDR). Outro ponto relevante é o desenvolvimento de resistência a classes de drogas utilizadas para o tratamento de infecções causadas por esse microrganismo, a exemplo dos carbapenêmicos. Este estudo teve como objetivo investigar, através de métodos fenotípicos e moleculares, a evolução temporal da resistência aos carbapenêmicos e a ocorrência de amostras MDR, em pacientes com FC, com infecção pulmonar crônica, acompanhados em dois centros de referência, na cidade do Rio de Janeiro. As amostras de P. aeruginosa foram obtidas a partir de três tipos de espécimes clínicos respiratórios, a saber: escarro, swab de orofaringe e secreção traqueal. As 179 amostras analisadas foram selecionadas por seus resultados no teste de disco-difusão em ágar (TDD), por se apresentarem, nos anos de 2012 e 2013, como não sensíveis ao imipenem, meropenem e/ou doripenem. Fez-se, então, uma busca dos resultados das culturas do ano de 2010 até 2014, para um análise evolutiva dos padrões de resistência. Determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) para 79 amostras não sensíveis a esses carbapenêmicos. Os testes fenotípicos como o método de inibição das carbapenemases, teste de Hodge clássico e modificado, foram aplicados para a detecção da produção de carbapenemases. A reação em cadeia da polimerase foi utilizada como teste molecular, para a detecção dos genes blaIMP, blaVIM, blaKPC, blaSPM e blaNDM, que codificam as enzimas com atividade de carbapenemase mais comumente encontradas em nosso país. O escarro foi o espécime clinico mais coletado, representando 86% do total. De acordo com os dados do TDD, destacamos a presença de 67 perfis de não sensibilidade, sendo o perfil GEN-AMI-TOB o mais frequente entre os pacientes adultos e o IMP, nos pediátricos. O percentual geral de amostras MDR foi de 51,9%, e a maior parte dessas amostras foi oriunda de pacientes adultos. Para determinar a CIM, selecionaram-se 79 amostras, que apresentaram resistência a pelo menos um dos carbapenêmicos testados. O maior percentual de resistência foi observado na CIM para o imipenem, com índice de 40,7%, e a maioria das amostras com esse padrão era de pacientes pediátricos. A pesquisa dos genes para as carbapenemases IMP, VIM, KPC, SPM e NDM não revelou amostras positivas. A vigilância epidemiológica das amostras e seus mecanismos de resistência são cruciais para a terapia, bem como para o sucesso da resposta do paciente ao tratamento. |