Morfologia dos esporos da família Bechnaceae Newman (Polipodiales - Polypodiopsida)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7893 |
Resumo: | Blechnaceae, uma família de samambaias leptosporangiais, é um grupo monofilético com relações infragenéricas controversas, resultando em diferentes classificações. A fim de contribuir para a classificação mais recente do grupo, este trabalho tem como objetivo detectar se morfologia dos esporos contribuem para o reconhecimento dos diferentes gêneros na atual classificação filogenética reconhecida para o grupo. Para atender a esse objetivo, os esporos de 53 espécies e um híbrido, distribuídos em 18 gêneros, foram examinados. O material polínico coletado no herbário foi submetido ao tratamento acetolítico. Os esporos acetolisados foram medidos, descritos e os resultados submetidos à análise estatística. Após a confecção das lâminas, foram feitas imagens dos esporos acetolisados em microscopia de luz. Para as imagens em microscopia eletrônica de varredura foram utilizados esporos não acetolisados. Os esporos são plano convexos em vista equatorial e elipsoidais em vista polar, de tamanho de médio a grande, com cicatriz monolete de tamanho variado, linear e sem margem. A exina é formada por duas camadas, nexina e sexina, psilada na maioria das espécies, exceto em Stenochlaena. A perina possui três camadas com exceção da subfamília Stenochlaenoideae que registrou somente uma. Foram segregados dois grandes grupos de acordo com as dobras da perina, sem cristas e com cristas e grande diversidade de ornamentação na superfície do esporo. Entre os esporos sem cristas estão Austroblechunm e Doodia com ornamentação granulada ou escabrada. Neoblechnum é escabrada, Sadleria é densamente gemada, ambos de aspecto escamoso. Salpichlaena e Telmatoblechnum possuem grânulos e gemas. Stenochlaena registrou perina fina contornando a exina formando ornamentação equinada ou com dobras densas paralelas. O grupo que registrou cristas compreende Anchistea com presença de espinhos, Cranfillia e Struthiopteris com cristas psiladas ou ondulações, Diploblechnum de psilada a granulada, Icarus com ornamentação rugulada. Lomaria e Lomaridim apresentam rugulas e grânulos, Blechnum e Lomariocycas foram os que apresentaram maior diversidade, provavelmente por influência de poliploidia que promove diversidade morfológica. Ambos apresentaram uma única espécie cristada, Blechnum com ornamentação granulada, escabrada, rugulada e psilada, Lomariocycas conspicuamente rugulada ou densamente gemada. Parablechnum foi caracterizado por cristas de muros altos e baixos com filamentos ou não, Woodwardia possui ornamentação escabrada. A análise morfomérica não foi uma ferramenta útil para a segregação de agrupamentos taxonômicos de gêneros por possíveis influências de indivíduos poliploides. Ao contrário, a análise da ornamentação da superfície do esporo permitiu a delimitação dos gêneros, de acordo com o padrão de ornamentação da perina, corroborando com a nova classificação proposta para a família. Neste sentido é comprovada a importância da Palinologia para a segregação dos táxons, fornecendo importantes informações das diferentes variações da ornamentação da perina, além de contribuir para o enriquecimento do conhecimento palinológico do grupo. |