Educação Sexual no Currículo da Educação Infantil: elementos para se pensar corpo, gênero e orientação sexual como temas da Educação em Direitos Humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pires, Michele Ignacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10220
Resumo: O presente trabalho investiga as abordagens concernentes à Educação Sexual vigentes nas práticas pedagógicas da Educação Infantil, buscando identificar as significações que circulam e disputam hegemonia na produção curricular desse segmento sobre o tema. Aponta elementos para refletir a Educação Sexual em uma proposta de reconhecimento da diferença, segundo a perspectiva pós-estruturalista da Educação em Direitos Humanos. Tal enfoque é caracterizado pelo compromisso com o fortalecimento de canais/espaços/tempos de expressão e negociação da diferença em suas muitas expressões: de orientação sexual, de gênero, de raça e etnia, de confissões religiosas, de regionalismos etc. O estudo apoia-se nas reflexões sobre Educação Sexual apresentadas por Jimena Furlani e nas ponderações teóricas sobre a constituição do social oriundas da abordagem pós-estruturalista desenvolvida por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe quando afirmam identidade como algo fluido, constituído em um processo de associações contingentes e precárias. Admite a questão do currículo como um processo de produção cultural de significados, como descreve Elizabeth Macedo ao ressituar o lugar da cultura na constituição curricular. Questiona as significações hegemônicas universalistas sobre Educação em Direitos Humanos e argumenta em favor de uma ressignificação para o termo, conforme desenvolvido por Aura Helena Ramos, segundo a qual esse é também um campo de disputas e negociações permanentes. A análise, a partir de uma abordagem qualitativa de textos curriculares provenientes da rede pública de ensino do município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, comporá nosso objeto de estudo.