Cuidado centrado na mulher que vivencia o parto: percepções da equipe de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pessanha, Priscila da Silva Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18967
Resumo: Esta dissertação tem como objeto de pesquisa “O cuidado centrado na mulher que vivencia o parto na percepção da equipe de enfermagem” e objetivou: descrever as percepções da equipe de enfermagem acerca do cuidado centrado nas mulheres que vivenciam o parto; e identificar as possibilidades e desafios dessa perspectiva de cuidado na atenção ao parto. Utilizou-se o referencial teórico-metodológico da Teoria Humanística de Enfermagem de Josephine Paterson e Loretta Zderad. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva, realizada em maternidade terciária e vinculada a um hospital de ensino no município do Rio de Janeiro. Vinte profissionais da equipe de enfermagem, atuantes na assistência a mulher no pré-parto, parto e pós-parto, participaram da pesquisa. A coleta de dados ocorreu de julho a agosto de 2020, por meio de entrevista individual, orientada de roteiro semiestruturado, com perguntas relativas ao perfil profissional, e questões abertas sobre o objeto de pesquisa, analisadas pela Análise de Conteúdo Temática, à luz da Teoria Humanística de Enfermagem. A categoria temática, Cuidado centrado na mulher durante o parto na percepção da equipe de enfermagem, abarca cinco subcategorias: Equipe de enfermagem prepara-se para encontrar a mulher; Equipe de enfermagem conhece intuitivamente a mulher; Equipe de enfermagem conhece cientificamente a mulher; Equipe de enfermagem compreende as experiências vivenciadas; e A unidade paradoxal revelada: possibilidades e limites do cuidado centrado na mulher. O cuidado centrado na mulher emergiu a partir da presença autêntica da enfermeira, que se estabelece pelo diálogo por elas vivenciado quando há relação intersubjetiva construída por meio da valorização da presença, interesse, abertura para o outro e comunicação verbal e não-verbal no processo de cuidar respeitoso da autonomia e direitos para promoção do bem-estar no período do parto. Os atributos que possibilitam o cuidado centrado na mulher, na percepção da equipe de enfermagem, são: profissionais qualificados e estimulados; mulher bem-informada; diálogo interprofissional; e ambiente privativo. Por outro lado, os limitantes são: pouca interação da mulher e acompanhante com a equipe de enfermagem; desconhecimento da clientela sobre o processo de parto; atitudes discriminatórias da equipe; ambiente de cuidado desfavorável; limitada comunicação interprofissional; e déficit de profissionais. Concluiu-se que o cuidado centrado na mulher durante o parto é permeado pelos pressupostos interrelacionais e intersubjetivos da Teoria Humanística de Enfermagem para o alcance do bem-estar e estar melhor, mas defronta-se com restrições decorrentes das dificuldades no âmbito da organização do trabalho em saúde e enfermagem, bem como com as inadequações dos cuidados durante o pré-natal e parto às mulheres grávidas, sendo esses desafios ainda persistentes no sistema de saúde brasileiro.