mHealth: Possibilidades no campo da atividade física e desfechos em saúde
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8247 |
Resumo: | A utilização de tecnologias móveis e sem fio na assistência à saúde cresceram nos últimos anos e vem demonstrado capacidade de modificar o perfil dos serviços de saúde mundialmente. O aparecimento de aplicativos no mercado que se destinam a cuidados de saúde e a criação de intervenções baseadas em mHealth tem aberto um campo amplo de discussão sobre a real efetividade do uso desse tipo de tecnologia em intervenções no campo da saúde. Para analisar os aspectos que envolvem essa área, a presente dissertação desenvolveu dois estudos, uma revisão sistemática com o objetivo de identificar a qualidade metodológica, característica das intervenções e das amostras sobre desfechos positivos em saúde e que teve como dados de busca artigos em inglês do MEDLINE, onde foram selecionados os artigos que fossem ensaios clínicos randomizados e fizessem uso de alguma abordagem com mHealth e obtivessem ao menos a coleta de uma variável ligada a saúde. Os estudos incluídos utilizaram variadas tecnologias como meio de intervenção da atividade física. Os períodos de intervenção apresentaram média de 18,4 semanas. Os artigos no geral apresentaram boa qualidade metodológica com 82% apresentando resultados positivos e significativos em suas variáveis de interesse e seus resultados sugerem que intervenções com mHealth estão associadas a desfechos positivos de saúde em diferentes abordagens de promoção da saúde para pessoas saudáveis ou em tratamentos de pessoas com doenças. A característica heterogênea das intervenções mostra como o uso do mHealth pode ser relevante em intervenções de diferentes segmentos populacionais. O tempo de intervenção se mostrou um fator limitante, ao observar que estudos mais longos demonstram menor taxa de significância nos seus resultados, fator que levanta a dúvida sobre a utilização dessas intervenções a longo prazo. O mHealth se mostra como um campo vasto de pesquisa e que com o avanço das tecnologias apresenta novas possibilidades de intervenção. O segundo estudo de característica transversal teve como foco analisar os aspectos associados a atual taxa de sedentarismo somada as tendências de aproximação dos millenials a tecnologia e principalmente o uso de smartphones em larga escala que possibilitam o pensamento em ferramentas de saúde e compartilhamento de dados que eram impossíveis até poucos anos. Foi aplicado o Ipaq versão curta e um questionário semiestruturado, adaptado do Milennials Pew Research Center no intuito de avaliar o nível de atividade física e os hábitos de utilização de smartphone de 591 (269 homens) jovens universitários. 60% dos jovens apresentaram hábitos sedentários e mesmo aqueles foram classificados dentro do tercil com maior gasto calórico apresentaram longo tempo de inatividade durante o dia (>6 horas/dia). Grande parte dos jovens tem acesso a smartphones (89%) mas apenas 30% mas uso de aplicativos voltados para a saúde e mesmo esses jovens que fazem uso dessas aplicações não apresentaram diferenças significativas para o grupo que não utiliza. A falta de uma cultura de utilização de apps ainda dificulta as comparações entre essas ferramentas e questionários tradicionais, mas o alto percentual de jovens fazendo uso de smartphones faz dessas aplicações ferramentas com grande potencial futuro |