Análise estratigráfica de alta resolução aplicada aos depósitos da Formação Barra Velha, Bacia de Santos: identificação, correlação e mecanismos de controle de ciclos sedimentares
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7162 |
Resumo: | A Bacia de Santos, localizada na margem continental adjacente à Região Sudeste do Brasil, se desenvolveu a partir do processo de rifteamento do paleocontinente Gondwana, iniciado no Eocretáceo. Seu registro pode ser dividido em três supersequências, associadas às suas principais fases tectônicas: Rifte, Pós-Rifte e Drifte. As descobertas de gigantescas acumulações de petróleo na chamada seção pré-sal desta bacia, correspondente às suas fases Rifte e Pós-Rifte, impulsionaram o desenvolvimento de estudos acadêmicos para o entendimento da gênese deste intervalo estratigráfico. Neste contexto, destaca-se a Formação Barra Velha, de idade aptiana, que constitui seu principal reservatório, tendo sido depositada sob um regime tectônico de atividade limitada de falhas, com subsidência dominantemente termal (fase Pós-rifte). A deposição de suas rochas se deu em um contexto lacustre de alta salinidade e alcalinidade, sob influência de terrenos vulcânicos, o que propiciou o desenvolvimento de constituintes quimio e biogênicos, como argilominerais magnesianos, esferulitos calcíticos e arborescências (shrubs) calcíticas. A dinâmica lacustre, condicionada por oscilações climáticas associadas a ciclos astronômicos, controlou a organização destes depósitos. As fácies ricas em arborescências calcíticas estão relacionadas aos períodos de clima árido, quando a progressiva redução de lâmina d água do lago e o aumento de sua alcalinidade ocorreram de forma expressiva. Através da aplicação metodológica da estratigrafia de alta resolução, sequências elementares, identificadas com o apoio quantitativo da análise de Cadeias de Markov, foram agrupadas em sequências de hierarquia superior, denominadas de pequena, média e larga escala, e todas elas tiveram suas rastreabilidades avaliadas. A confecção de Fischer-plots suportou essa análise. As sequências elementares, usualmente decimétricas, de muito alta frequência, possuem rastreabilidade limitada e nãooperacional, sendo afetadas por fatores autocíclicos. As sequências de pequena escala, usualmente métricas, foram correlacionadas por dezenas de quilômetros na área de estudo, em intervalos onde se dispunha de dados de rocha. As sequências de média escala, usualmente decamétricas e, de larga escala, com mais de uma centena de metros, possuem rastreabilidade operacional, definida também através de perfis elétricos, ao longo de todo intervalo e em toda área de estudo. Desta forma, a aplicação da estratigrafia de alta resolução, combinada com técnicas quantitativas, permitiu a compreensão dos controles deposicionais e da evolução deste relevante intervalo estratigráfico, o que a torna uma poderosa ferramenta de predição faciológica e de superfícies suscetíveis a distintos processos diagenéticos, com aplicabilidade direta para a caracterização dos reservatórios da seção pré-sal . |