Do lado de cá da fronteira: um estudo sobre as línguas e processos de identificação de sujeitos fronteiriços
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6227 |
Resumo: | Este trabalho propõe-se a verificar que línguas circulam na fronteira Brasil-Bolívia, especificamente na cidade geminada de Corumbá, e como elas participam dos processos de identificação dos sujeitos fronteiriços entrevistados. Filiamo-nos aos estudos desenvolvidos na área da Análise de Discurso de linha francesa (PÊCHEUX, 1988, 1990 [1969], 1994 [1982],) e Orlandi (1988, 1998, 1999, 2015) para construirmos nossas reflexões e análises. Em nossa pesquisa, trabalhamos com um corpus principal, constituído pelos recortes das entrevistas realizadas com os estudantes da Escola Estadual Dom Bosco, e outro auxiliar, o qual consideramos como um arquivo, tendo em vista a noção de arquivo desenvolvida por Pêcheux (1994 [1982]). Esse último corpus é composto pelos materiais que recolhemos durante nossa viagem à região fronteiriça estudada, tais como fotografias, jornais, questionários respondidos pelos discentes e pela coordenação pedagógica da escola. Outros materiais também formam nosso arquivo: periódicos online, decretos, artigo de revista, acordos, textos e imagens retiradas da página de rede social da instituição onde ocorreram as entrevistas. Para refletirmos sobre a área fronteiriça abordada em nossa investigação, recorremos investigações de Sturza (2006, 2010, 2011) e aos discursos da Geografia (MACHADO, 2005, 2010) e da História (ITO, 2000) e Corrêa (2014), buscando entender conceitos como o de fronteira e o de cidades-gêmeas, a fim de compreender o funcionamento de seus efeitos de sentido. Ademais, mobilizamos as seguintes noções para a fundamentação de nossas análises: processos de identificação (PAYER, 2013), espaço de enunciação (GUIMARÃES, 2014, 2017), espaço de enunciação fronteiriço (STURZA, 2006, 2010), lapso (MAIA, 2006) e Fedatto (2017), sujeito (Mariani, 2003), língua fluida e imaginária (ORLANDI e SOUZA, 1988) e língua misturada (STURZA, 2010). Todas essas noções nos auxiliaram a compreender que as línguas que circulam no espaço de enunciação fronteiriço de nosso trabalho não são homogêneas, visto que estão em um espaço de enunciação que permite a entrada de uma língua no espaço da outra, e que os processos de identificação são contínuos |